Economia

Banco Central não pode perseguir banda superior da meta de inflação, diz Galípolo

Margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos; "De maneira nenhuma a meta é de 4,5%", disse presidente da autarquia na CAE do Senado

Imagem da noticia Banco Central não pode perseguir banda superior da meta de inflação, diz Galípolo
Presidente do BC, Gabriel Galípolo, na CAE do Senado | Divulgação/Andressa Anholete/Agência Senado
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O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, argumentou nesta terça-feira (25) que a instituição não pode perseguir a banda superior da meta de inflação, de 4,5%, mas sim o centro do objetivo, de 3%.

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"A meta não é a banda superior. A banda foi feita para que, dado que (a inflação) oferece flutuações... criou-se um 'buffer' para amortecer eventuais flutuações. Mas de maneira nenhuma a meta é de 4,5%", afirmou Galípolo durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. "Tenho que perseguir uma meta de inflação de 3%", reforçou.

Galípolo lamentou ainda que, pelas projeções do boletim Focus, o BC não conseguirá cumprir esta meta de 3% durante todo o seu mandato.

Galípolo ficará na presidência da autarquia até 31 de janeiro de 2028. No Focus, que reúne as projeções dos economistas do mercado, a expectativa é de que a inflação seja de 4,18% no fim de 2026, de 3,80% no encerramento de 2027 e de 3,50% no final de 2028 – em todos os casos, acima do centro da meta.

"As projeções do Focus mostram que o BC não vai cumprir a meta durante todo o meu mandato. Eu vou passar meu mandato inteiro sem cumprir a meta de inflação", reconheceu.

(Reportagem de Bernardo Caram)

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