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Economia

Alta dos preços na ceia de Natal 2024 pesa no bolso dos brasileiros

Carnes e sucos tiveram aumentos entre 12% e 19%, impactando diretamente o custo das ceias de fim de ano; Azeite foi o maior vilão, com 21,3% de alta

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O aumento no custo da ceia de Natal em 2024 promete pesar ainda mais no orçamento das famílias brasileiras. Enquanto o índice acumulado de inflação dos últimos 12 meses foi de 4,76%, os itens da cesta natalina apresentaram uma alta quase duas vezes maior, de 9,16%, segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Nos supermercados, o azeite desponta como o maior vilão, com aumento de 21,3%. No setor de carnes, itens típicos das celebrações de fim de ano também registraram altas consideráveis: o lombo de porco subiu 19,7%; o pernil, 17,8%; e cortes nobres como o filé mignon e a picanha tiveram reajustes de 16,8% e 14,9%, respectivamente.

Frutas e sucos igualmente sofreram variações. O suco de laranja subiu 16,19%, enquanto morangos e uvas tiveram altas de 12,2% e 4,4%, respectivamente.

A explicação para os preços mais altos vai além do aumento da demanda sazonal. Segundo Guilherme Moreira, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o impacto cambial e questões climáticas foram determinantes.

“A maior parte do azeite é importada de Portugal e Espanha, regiões afetadas por problemas climáticos, o que comprometeu a safra e aumentou os preços globalmente. Já no caso das carnes, as queimadas no Brasil em setembro encareceram a produção, e a valorização do dólar incentivou as exportações, reduzindo a oferta no mercado interno”, explicou.

Para os consumidores, o reflexo já é evidente. “Quem antes comprava mais quantidade agora precisa reduzir o consumo”, lamenta um comerciante do setor de alimentos. Entre os itens pesquisados, o panetone foi o único com variação negativa no preço, registrando uma queda de 1,60%.

Apesar das dificuldades, a tradição natalina deverá se manter viva, ainda que adaptada aos novos desafios econômicos.

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