Brasil volta ao segundo lugar no mundial de juros reais com corte da Selic
País se mantinha no topo da lista com a reunião do Copom do início de novembro; México é o novo líder
Guto Abranches
Confirmado o novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic nesta 4ª(13.dez) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o Brasil deixa uma vez mais de ser o líder mundial dos juros reais. Levantamento do Portal Moneyou aponta que, com a redução que baixou a taxa básica para 11,75% ao ano, o Brasil cai à 2ª colocação no ranking mundial, após 1 reunião na 1ª colocação. O juro real no Brasil agora é de 6,11% ao ano, abaixo do México (6,58%) e à frente de Colômbia, Chile, Indonésia e Hungria. Confira o ranking abaixo.
Ranking juros reais by Guto Abranches on Scribd
Na real
A taxa real é normalmente um determinado índice - como aqui poderia ser a taxa Selic - descontada da inflação apurada por um indicador oficial. No caso do Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, é o mais usado. No caso da elaboração da lista da consultoria Moneyou, é uma combinação de inflação projetada para os próximos 12 meses, via coleta do relatório Focus do BACEN de 3,9% e a taxa de juros DI a mercado dos próximos 12 meses.
Quando a conta é feita levando-se em conta os juros nominais - sem desconto da inflação -, o Brasil reside na 6ª colocação, abaixo da Argentina, Turquia, Hungria, Colômbia e Rússia e acima do México. Como o movimento global de políticas de aperto monetário perdeu força, e a manutenção das taxas ganhou espaço, no computo geral os países que cortaram juros superam os que elevaram, enquanto no ranking, a elevação superou os cortes. No geral, entre 176 países, 81,82% mantiveram os juros, 8,52% elevaram e 9,66% cortaram. No Ranking, entre 40 países, 92,50%
mantiveram, enquanto 5,00% elevaram as taxas e 2,50% cortaram.
Leia também
+ Empresa de Xuxa é condenada a pagar R$ 40 milhões por plágio de personagens