Black Friday: seis em cada dez brasileiros pretendem aproveitar o dia de promoções
Inflação estável e baixa dos juros devem influenciar maior consumo na data; eletrônicos lideram procura
Camila Stucaluc
O cenário econômico atual, influenciado pela inflação estável e baixa dos juros, deve influenciar os consumidores a aderirem à Black Friday -- marcada para a próxima 6ª feira (24.nov). Um levantamento da MindMiners, por exemplo, aponta que seis em cada 10 brasileiros pretendem comprar algum item no dia de promoções, a maioria para se autopresentear. Outra pesquisa, da PiniOn, mostra que 57,5% dos consumidores estimam gastar mais que no ano passado, com ticket médio alcançando R$ 400.
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O termo Black Friday surgiu nos Estados Unidos, na década de 60, fazendo alusão à sexta-feira ruim para o comércio devido à baixa nas vendas após o feriado de Ação de Graças -- comemorado toda quarta quinta-feira de novembro. Para atrair os clientes, criaram-se promoções na data, estratégia que se tornou tradição no varejo norte-americano. O sucesso chamou a atenção de outros países, que também começaram a implementar a iniciativa. No Brasil, o mercado importou o dia de promoções em 2010.
Segundo Renato Figueiredo, especialista em marketing e Chief Sales Officer (CSO) na eCOMEX, a Black Friday está entre as principais datas em volume de vendas no Brasil, sobretudo para o comércio eletrônico. Ele explica que o dia de promoções se tornou uma data esperada pelos brasileiros, abrindo o período de compras para o Natal.
"É difícil classificar uma posição, mas podemos dizer que a Black Friday está sem dúvidas entre as principais datas em volume de vendas no Brasil. Já se tornou uma data esperada pelos brasileiros e que sem dúvidas movimenta a economia local e internacional. Isso porque muitos dos itens mais vendidos neste período são importados ou que dependem de matéria prima importada como celulares, notebooks, linha branca, televisores, eletro-eletronicos etc.", avalia Figueiredo.
A fala do especialista é reforçada por um balanço realizado pelo Google, que indicou que os eletrônicos estão entre os produtos mais procurados na data, representando 69% das intenções de compra. O setor de vestuário também está em alta entre os brasileiros (53%), assim como o de beleza e cuidado pessoal (37%). Áreas como viagens (12%), serviços (12%), educação (7%) e produtos para pets (7%) aparecem em seguida, além do mercado de suplementos, que registrou um aumento de 25% nas buscas entre 2022 e 2023.
Apesar da data de promoções soar positiva, é importante que o consumidor esteja atento para não cair em golpes e ofertas falsas. Monitorar o preço do mesmo produto em diferentes lojas ou sites antes da Black Friday é essencial para saber, de fato, o valor cobrado pelo item, bem como comparar os preços entre os concorrentes. Se a compra for online, é importante conferir a segurança do site.
Confira outras dicas:
- Analise as condições de pagamento oferecidas, as taxas de juros cobradas e os prazos para quitação. É fundamental ponderar se a compra de determinado item, ainda que em valor promocional, cabe no bolso e não irá comprometer o orçamento.
- Antes de realizar a compra é importante verificar se o perfil ou o site possui reclamações (se não houver comentários, desconfie). Também é recomendável ter cuidado com preços baixos demais, que podem ser uma armadilha. Procure dar preferência a fornecedores que informem canais de atendimento, CNPJ e endereço físico.
- Não clique em links enviados por e-mail, WhatsApp ou mensagens, sem antes checar no canal oficial do fornecedor se aquela forma de contato está correta. Observe atentamente os dados da empresa em boletos, a titularidade de contas para depósito e outras informações. Isso pode ajudar a identificar possíveis fraudes.
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