Inadimplência chega a 5,82 milhões de micro e pequenas empresas em agosto
Total de empreendimentos com dívidas em atraso é recorde da série histórica: 6,5 milhões, diz Serasa Experian
As micro e pequenas empresas (MPEs) concentraram a maioria dos empreendimentos com dívidas em aberto no mês de agosto: ao todo, 5,82 milhões de empresas desses portes mantinham alguma conta não quitada no período. O levantamento é o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a alta foi de 5%.
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Quando elencadas empresas de todos os tamanhos, a inadimplência atinge a 6,59 milhões de companhias, recorde da série histórica do indicador, que teve início em 2016. Veja a seguir os dados completos:
O cenário registra o terceiro mês seguido de aumento da inadimplência. "Empresas de menor porte são mais vulneráveis à inadimplência porque, geralmente, possuem menos fluxo de caixa e reservas financeiras limitadas para enfrentar situações de emergência", classifica o vice-presidente de pequenas e médias empresas da Serasa Experian, Cleber Genero.
Setores
O setor de "Serviço" respondeu por 53,2% das empresas devedoras; "Comércio" veio em seguida com 38.6%. A "Indústria" concentrou 7,7% e demais setores tiveram 0,5% do total. 39,9 milhões de dívidas foram negativadas e o valor financeiro chegou a R$ 95,8 milhões. Em média, cada companhia inadimplente possuía 6,9 contas atrasadas.
As Unidades Federativas (UFs) que lideraram o ranking com mais Micro e Pequenas Empresas inadimplentes foram São Paulo (1.884.189), Minas Gerais (539.780) e Rio de Janeiro (518.337). Abaixo, veja a lista completa:
Em todo o país e entre empresas de todos os portes, foram 46,7 milhões de dívidas atrasadas somando valor total de R$ 119,3 milhões, sendo a média de 7,1 boletos por CNPJ.
As empresas se endividaram mais junto ao setor "Outros", que concentrou 28,2% dos compromissos em aberto. Este setor reúne em sua maioria Indústrias, além de empresas do Terceiro Setor e do Agronegócio. "Serviços" aglutinou 27,7% das contas. E "Bancos e Cartões" ficou em terceiro com 19,8% das dívidas.
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