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Economia

Ibovespa tem segundo dia de alta forte graças ao arcabouço fiscal

Cenário externo ajuda e Petrobras fecha em máxima histórica; dólar tem queda importante e vai a R$ 4,85

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Mercado financeiro
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Pra quem já tinha comemorado na véspera a aprovação do arcabouço fiscal na Câmara - antes mesmo da votação sair no Congresso, onde o texto-base passou por 379 votos a 64 -, a Bolsa de São Paulo não abriu mão do dia seguinte em alta forte: + 1,70% até os 118.134 pontos. Giro financeiro de R$ 24 bilhões. 

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Na visão de analistas, a aprovação tira de cenal algum "ruído político" que pudesse eventualmente atrapalhar os planos do governo em demonstrar compromisso com as contas públicas. Não que haja certeza no meio financeiro de que o plano vá dar certo, mas vê-lo aprovado é, ao menos, abrir um caminho pra permitir isso.  

"A peça que sai do legislativo oficialmente remove o 'pino da granada', visto que fica garantido o crescimento mínimo das despesas em 0,6% acima da inflação todo ano, sem que haja correção garantida e equivalente das receitas. A dinâmica entre receitas e despesas já impõe uma árdua tarefa para que o governo atinja os parâmetros do arcabouço em 2024. Segundo nossos cálculos mais otimistas, ainda faltam entre R$50 e R$100bi para que o déficit seja zerado em 2024, conforme contido no novo marco fiscal" - Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos 

Do exterior vieram motivos para mexer com cotações peso-pesado: menos atividade econômica nos Estados Unidos, o que rima perfeitamente com menor pressão por elevação de juros. Deu em Dow Jones subindo 0,54%; S&P500 + 1,10% e Nasdaq + 1,59%. E o cenário internacional de forma mais geral distribuiu senhas para absorção de minérios - lá se foi a VALE3 para alta de 0,74%. E a Petrobras então, que mesmo com queda do petróleo na cena mundial disparou: os papéis da petroleira do Brasil fecharam em máxima histórica. Veja:

  • PETR3 (ON): alta de 5,70% e cotação de R$ 35,41
  • PETR4 (PN): alta de 5,33% e cotação de R$ 32,24

O cenário patrocinado pelos EUA tem contribuído, inclusive, para algum retorno do investidor estrangeiro, que no início da semana aportou pelas paragens do centro velho de São Paulo algo como R$ 153 milhões em novas compras. Pouco ainda, para quem tirou mais de R$ 12 bilhões desde o início de agosto.  Para o gasto do dia o resultado foi dólar em queda de 1,63%  cotado para venda a R$ 4,85. 

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