Publicidade
Economia

Febraban defende parcelado sem juros no cartão de crédito

Declaração acontece após presidente do BC indicar que modalidade é causa do endividamento

Imagem da noticia Febraban defende parcelado sem juros no cartão de crédito
Segundo a Febraban, não há qualquer pretensão de se acabar com as compras parceladas no cartão de crédito | Pexels
• Atualizado em
Publicidade

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) defendeu, na 2ª feira (14.ago), que os bancos devem manter o parcelamento sem juros nas compras realizadas no cartão de crédito. Em comunicado, a entidade afirmou que o meio de pagamento é um instrumento relevante para o consumo, o que acaba preservando a saúde financeira das famílias.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

"Estudos indicam a necessidade de medidas de reequilíbrio do custo e do risco de crédito. Para tanto, é necessário debater a grande distorção que só no Brasil existe, em que 75% das carteiras dos emissores e 50% das compras são feitas com parcelado sem juros", disse a Febraban.

A declaração acontece após o presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, sinalizar um incômodo com o sistema atual de financiamento por cartão. Em audiência no Senado, o economista disse que o grande problema do endividamento é o alto juro do rotativo do cartão de crédito, ocasionado pelo parcelamento sem juros.

Isso porque, mesmo que ajude o comércio, Campos Neto alegou que a modalidade acaba induzindo o consumidor a gastar mais. "Criar algum tipo de tarifa para desincentivar esse parcelamento tão longo não é proibir, mas fazer com que [os consumidores] fiquem mais disciplinados para não afetar o consumo", sugeriu o economista.

A sugestão, no entanto, foi rejeitada pela Febraban, que disse não haver qualquer pretensão de se acabar com as compras parceladas no cartão de crédito.

+ Após Haddad falar sobre "poder" da Câmara, Lira cancela reunião que trataria do arcabouço

"A entidade participa de grupos multidisciplinares que analisam as causas dos juros praticados e alternativas para um redesenho do rotativo, de um lado, e, de outro, o aprimoramento do mecanismo de parcelamento de compras. Portanto, nenhum dos modelos em discussão pressupõe uma ruptura do produto e de como ele se financia", disse.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade