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Economia

Valor da cesta básica cresceu em 14 capitais no mês de abril, diz Dieese

Para uma família de quatro pessoas se manter, o salário mínimo deveria ter sido de R$ 6.676,11

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Pessoas fazendo compras em mercado (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
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O valor da cesta básica aumentou em 14 capitais, em abril, segundo levantamento divulgado nesta 6ª feira (5.mai) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A instituição faz a pesquisa, mensalmente, em 17 capitais.

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As principais elevações ocorreram em Porto Alegre (5,02%) Florianópolis (3,65%), Goiânia (3,53%), Brasília (3,43%) e Fortaleza (3,38%). Entre as três em que houve redução do preço, estão Natal (-1,48%), Salvador (-0,91%) e Belém (-0,57%).

Dentre os alimentos básicos, o quilo do feijão teve aumento de preço nas 17 cidades, o tomate, em 14, e o açúcar refinado em 13. O leite integral, também em 13, e a manteiga, em dez. Já o valor do óleo de soja diminuiu em todas.

Ainda de acordo com o Dieese, foi em São Paulo que a cesta básica apresentou o maior custo (R$ 794,68). Na sequência, ficaram Porto Alegre (R$ 783,55), Florianópolis (R$ 769,35) e Rio de Janeiro (R$ 750,77).

"Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 553,89), Recife (R$ 582,26), João Pessoa (R$ 585,42) e Salvador (R$ 585,99)", pontua a instituição. "A comparação dos valores da cesta, entre abril de 2022 e abril de 2023, mostra que os preços caíram em nove das capitais pesquisadas, com variações que oscilaram entre -6,12%, em Curitiba, e -0,08%, no Recife".

Dentre oito cidades que tiveram aumento, os principais foram observados em Belém (8,27%), Fortaleza (3,42%) e Goiânia (3,23%). Nos quatro primeiros meses de 2023, o custo da cesta cresceu em 11 capitais, com variações entre 0,02% (Florianópolis) e 6,30% (Aracaju). As principais quedas foram observadas em Vitória (-3,41%) e Belo Horizonte (-3,93%).

Salário mínimo

Em abril, para uma família de quatro pessoas se manter, o salário mínimo deveria ter sido de R$ 6.676,11, de acordo com o Dieese. A estimativa é feita mensalmente com base na cesta mais cara do período e levando em consideração, diz o departamento, "a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência". No mês passado, o salário mínimo foi de R$ 1.302,00.

No quarto mês de 2022, o mínimo deveria ter sido de R$ 6.754,33 e foi de R$ 1.212,00.

Tempo médio

No último mês, diz o Dieese, "o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 114 horas e 59 minutos, maior do que o de março, de 112 horas e 53 minutos". 

Em abril retrasado, a jornada média foi de 124 horas e oito minutos. "Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em abril de 2023, 56,51% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos e, em março, 55,47% da renda líquida. Em abril de 2022, o percentual ficou em 61%", acrescenta o departamento.

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