Preço médio do gás de cozinha no país deve subir R$ 2 com mudanças no ICMS
Com uma alíquota única em todo o país, o preço médio do gás de botijão vai subir 11,9%
Gabriela Lerina
As mudanças nas regras do ICMS, que passam a valer a partir desta 2ª feira (1°.mai) devem impactar quem usa botijão de gás para cozinhar. O aumento médio previsto é de quase R$ 2 na maioria dos estados.
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A empreendedora Berenice de Fátima da Silva produz e vende marmitas há um ano. Ela entrega até 20 refeições por dia no bairro onde mora, em Porto Alegre. O botijão de 13 quilos não dura mais que 15 dias. Com o gás mais caro, a cozinheira diz que não terá outra saída a não ser aumentar o preço da marmita.
"Não tem como não deixar ela no mesmo valor porque o custo eu vou ter né? Vai ser mais alto, de R$ 16 vai pra R$ 20. Não tem como repor isso aí de outra forma né?", diz Berenice.
O aumento é efeito da mudança na cobrança do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços, o ICMS. Com uma alíquota única em todo o país, o preço médio do gás de botijão vai subir 11,9%, e os estados não podem mais cobrar percentuais diferentes sobre o produto.
Até então, o valor médio do ICMS no botijão era de R$ 14,60. Com a nova alíquota, sobe para R$ 16,34.
21 estados e o Distrito Federal terão aumento da tributação porque tinham alíquota menor do que a fixada agora. O maior impacto é no Mato Grosso do Sul, 84%, o que equivale a um aumento de R$ 7,50.
Ceará e Espírito Santo não terão alteração de preço. Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Acre terão redução de valor, já que estavam com alíquotas mais altas.
Em uma revenda de gás de Porto Alegre, foi só falar em aumento que as vendas dispararam. A pressa é para comprar o botijão pelo preço antigo.
"Pretendo zerar o estoque e assim que receber o aumento vai repassar pra rua. Uns a gente consegue manter o preço, outros vai mais caro. A gente vai jogando como pode", diz o proprietário Anderson Corrêa.
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