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Economia

Após queda, desemprego registra alta de 8,8% no trimestre móvel; entenda

Índice anterior foi de 7,9%; número de desocupados chega a 9,4 milhões

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O IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - divulgou, nesta 6ª feira (28.abr) - a taxa de desemprego no Brasil. Segundo o IBGE, no trimestre móvel terminado em março, a taxa subiu para 8,8%. O índice anterior foi de 7,9%.

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Apesar da alta da taxa de desocupação, uma diferença de 0,9 ponto percentual (p.p.), esse é o menor resultado para o período desde 2015 (8,0%). Houve redução no número de postos de trabalho nos seguintes grupamentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2,4%, ou menos 201 mil pessoas), Construção (2,9%, ou menos 215 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (1,5%, ou menos 294 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,4%, ou menos 415 mil pessoas) e Outros serviços (4,3%, ou menos 231 mil pessoas), mostrou a PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Veja os destaques da pesquisa referente aos meses de janeiro a março de 2023:

  • Taxa de desocupação: 8,8% (anterior foi de 7,9%)
  • População desocupada: 9,4 milhões de pessoas
  • População ocupada: 97,8 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 36,7 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 12,8 milhões
  • População fora da força de trabalho: 67 milhões (nem ocupada nem desocupada)
  • População desalentada: 3,9 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,7 milhões
  • Trabalhadores informais: 38,1 milhões
  • Taxa de informalidade: 39%
  • Rendimento real habitual: R$ 2.880

Para a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, "a queda na ocupação reflete principalmente a redução dos trabalhadores sem carteira, seja no setor público ou no setor privado".

"Esse movimento de retração da ocupação e expansão da procura por trabalho é observado em todos os primeiros trimestres da pesquisa, com exceção do ano de 2022, que foi marcado pela recuperação pós-pandemia. Esse resultado do primeiro trimestre pode indicar que o mercado de trabalho está recuperando seus padrões de sazonalidade, após dois anos de movimentos atípicos", complementa Beringuy.

A coordenadora destaca ainda as quedas no grupamento de Administração pública (-2,4% ou menos 415 mil pessoas) e nos Outros serviços (-4,3% ou menos 231 mil pessoas). "O grupamento da Administração pública tem um conjunto de atividades bem heterogêneo e foi influenciado, principalmente, pelo segmento de educação fundamental e de administração pública em si", explica Adriana Beringuy.

O que é a PNAD

A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.

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