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Economia

Dólar fura o piso dos R$ 5 com otimismo em relação aos juros e inflação

O Ibovespa, principal índice da Bolsa, avançou 0,6%; Inflação e regra fiscal ajudam

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Mercado financeiro
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A bolsa de valores de São Paulo ainda não desistiu de surfar a onda positiva com o cenário doméstico e, particularmente nesta 4ª feira (12.abr), também com o cenário da inflação nos Estados Unidos. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI na sigla em inglês) de março subiu 0,1%, contra alta de 0,4% de fevereiro. Composto o cenário de análise considerando a inflação via IPCA no Brasil com o indicador dos Estados Unidos, houve motivos para o investidor se animar para as compras. Resultado: o Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) no fechamento a 0,64% de alta, aos 106.889 - medida que, para alguns observadores, já faz surgir novo horizonte de 110 mil pontos para o principal índice da renda variável no Brasil. 

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Como de hábito, faz-se as contas - e compras - com base no dado concreto e mais ainda nas análises que apontam tendências possíveis. No entendimento do dia, os números da inflação americana menos voraz alimentam a expectativa de que o Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, não adote postura agressiva na definição dos juros, no início de maio.

Não é pouca coisa. Fala-se na manutenção da taxa de juros por lá. Ou num aumento mais contido, da ordem de 0,25 pontos percentuais. No presente momento, o número definido para a próxima taxa de juros pode até não ser animador, mas a ideia de uma inflação menos resistente ao choque de juros - já implementado - e que mostre que é possível fazer frente a ela, em algum momento, já é ar para o investidor respirar.

Brasil com isso

Não que se tenha perdido de vista o indicador da inflação oficial abaixo do esperado -- o IPCA divulgado nesta 3ª feira (11.abr) pelo IBGE ficou em 0,71% em março, ante 0,84% do mês anterior -- que não só agradou como surpreendeu os analistas e investidores. Mas o pano de fundo na cabeça dos agentes de mercado atende pelo pomposo nome de Arcabouço Fiscal.

De maneira geral, o novo pacote de regras para equilibrar as contas agradou ao mercado, mesmo que restem dúvidas sobre o "como fazer" em diversos pontos. Mas é uma manifestação positiva de responsabilidade. Aí entra em cena o desempenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que se mostra desenvolto no papel: se não é o técnico notabilizado para a função, tem revelado disposição e capacidade de construir apoios. Daí o mercado ver com bons olhos a possibilidade de a nova regra ser encaminhada ao Congresso ainda nesta semana. E espera, animado...pra ver.

Unindo as pontas do cenário doméstico mais otimista e dos juros americanos "na mesma", natural na cabeça do investidor imaginar maior fluxo de divisa em direção ao  Brasil, dono da maior taxa de juros reais do mundo -- leia-se rentabilidade, aos olhos do capital que procura onde aportar. O resumo da ópera se viu ao longo do dia e até o fechamento: dólar em queda forte de 1,31% cotado no comercial para a venda a R$ 4,942. E contando. 

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