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Economia

Em um ano, imóveis ficam 10% mais caros e venda de populares cai 6,4%

Na contramão, a comercialização de habitações de médio e alto padrão subiram 67,8% em 2022

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Venda de novos imóveis subiram 9,2% no período, com 156 mil unidades comercializadas, o maior volume desde o início da pesquisa em 2014 | Agência Brasil
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O mercado de imóveis populares teve um saldo negativo no fechamento do ano de 2022. De acordo um estudo realizado com 18 empresas associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), o antigo Casa Verde e Amarela, hoje Minha Casa, Minha Vida, somou 105.826 unidades habitacionais, registrando uma queda de - 6,4% na comparação com o total de vendas do ano anterior.  

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Apesar disso, as incorporadoras comemorarem os números registrados, pois a venda de novos imóveis subiram 9,2% no período. Foram 156 mil unidades comercializadas, o maior volume desde o início da pesquisa em 2014.

O indicador foi puxado para cima graças ao excelente resultado nas vendas de Médio e Alto Padrão (MAP). O segmento somou 46.878 unidades comercializadas e um crescimento de 67,8% em relação ao ano anterior. 

Segundo a Coordenadora do Curso de Economia do Insper, Juliana Inhasz, as pessoas de maior poder aquisitivo tiveram um maior acréscimo de renda nos últimos tempos, o que explica o movimento.

"Estamos falando de famílias com uma renda mais alta, que tem o crédito a disposição, apesar de caro. São pessoas que, no geral, são poupadores e conseguem dar entradas maiores. Um quadro totalmente diferente do público de baixa renda", afirma.

Ao todo, 129.432 unidades foram lançadas em 2022, representando o segundo maior volume da série histórica da entidade, iniciada em 2014, ficando atrás apenas do resultado de 2021 (153.726 unidades). 

"Nossa perspectiva é positiva e alguns dos principais indicadores macroeconômicos do Brasil apontam que podemos ter um bom momento. Em 2022, tivemos um grande volume de vendas e a expectativa é que 2023 tenha um ritmo similar", afirma Luiz França, presidente da Abrainc.

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