Haddad: mudança na regra de gastos do governo deve ser aprovada até junho
Ministro anuncia para maio programa de renegociação de dívidas para consumidor voltar a comprar
José Marcelo Santos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (21.mar) que o governo trabalha para criar ambiente de diálogo com o Congresso e para o envio de propostas estruturantes à Câmara e ao Senado, até o fim do primeiro semestre. Segundo ele, é possível acreditar que todas as medidas, como no novo arcabouço fiscal, estejam aprovadas nas duas casas até o fim do ano. Haddad falou durante a participação no "Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI", conferência internacional, organizada pelo BNDES, em parceria com o Cebri e a Fiesp.
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O ministro antecipou medidas que entram em vigor nos próximos meses. Além do novo salário mínimo, Haddad anunciou para maio o "Desenrola", programa de renegociação de dídas das famílias, com intermediação do governo. É uma medida para o brasileiro "arrumar as contas e voltar ao mercado de consumo com crédito mais barato que o atual", segundo o ministro. Haddad classificou como "exageradamente elevada" a a taxa de juros brasileira, no dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central começa a reunião para avaliar a Selic, que está em 13,75% desde outubro do ano passado.
Reforma tributária
Haddad também disse que a equipe do secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, trabalha na formulação de propostas que devem chegar ao Congresso sob a forma de projetos de lei. Ele assegurou que o governo avança na desoneração da folha de pagamentos, para corrigir distorções do sistema tributário e chegar ao fim do ano com medidas aprovadas. Para abril, o ministro prometeu anúncios de medidas regulatórias, como mudanças no sistema de Parcerias Público Privadas, segmento em que segundo ele a Casa Civil quer investir pesado.