Haddad diz que Petrobras tem "colchão" para reduzir impactos
Preço da gasolina está 7% acima do aplicado no mercado internacional
Em busca de reduzir os impactos com a volta da cobrança de tributos sobre gasolina e etanol, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo teria um "colchão" dentro da política de preços da Petrobras. É que, hoje, o preço da gasolina vendido pela estatal está 7% maior do que o praticado pelo mercado internacional. Uma eventual redução poderia ser utilizada, caso o governo defina a volta dos impostos -- o que tem efeito imediato nos preços de toda a cadeia.
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A gasolina comercializada no Brasil está em média R$ 0,21 mais cara do que o preço praticado no exterior e o diesel, R$ 0,25 (uma diferença para mais de 7% para ambos os combustíveis), segundo levantamento da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
O ministro Haddad e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, têm mais uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta 3ª feira (28.fev). A equipe econômica tenta encontrar uma forma de retomar a cobrança dos tributos, com uma alíquota maior para o combustível fóssil, para reforçar o caixa, mas a decisão vai impactar o mercado.
No ano passado, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro zerou as alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins que incidem sobre diesel, biodiesel, gás natural e GLP. Em janeiro, Lula estendeu a desoneração até 28 de fevereiro. As reduções alcançam também, nos mesmos prazos, as alíquotas do PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação. Os valores da Cide sobre as operações que envolvam gasolina e derivados, exceto de aviação, ficam reduzidas a zero pelo mesmo prazo.
O ministério da Fazenda projeta uma arrecadação com a reoneração de gasolina e etanol a partir de 1º de março é de R$ 28,9 bilhões.