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Economia

Alta nos preços dos alimentos pressiona inflação em janeiro, diz IBGE

Índice subiu pela quarta vez seguida e fechou o mês em 0,53%

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No primeiro mês de governo Lula, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) -- a inflação oficial do país -- foi de 0,53%. A divulgação foi feita pelo IBGE, nesta 5ª feira (9.fev).

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A taxa ficou 0,09 ponto percentual abaixo da registrada em dezembro (0,62%). Comparada ao mesmo período do ano passado (janeiro de 2022), também houve queda: 0,1pp. Mesmo assim, o índice ainda é mais alto do que a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que esse ano é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (1,75% a 4,75%). Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 5,77%.

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Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Vestuário (-0,27%) teve variação negativa em janeiro. Alimentação e bebidas, que mais contribuíram para o aumento da inflação no ano passado, tiveram impacto de 0,13% sobre o índice geral de janeiro.

Segundo o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, a batata-inglesa (14,14%) e a cenoura (17,55%) influenciaram a alta. "As altas nesses dois casos se explicam pela grande quantidade de chuvas nas regiões produtoras. Por outro lado, observamos queda de 22,68% no preço da cebola, por conta da maior oferta vindo das regiões Nordeste e Sul, item que teve alta de mais de 130% em 2022", disse.

Entenda o que é o IPCA

  • O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
  • Quatorze das dezesseis áreas tiveram alta em janeiro. A menor variação foi em Curitiba (-0,05%), por conta da queda de 3,92% nos preços da gasolina. O maior resultado foi em Salvador (1,09%), onde pesaram as altas na energia elétrica (8,07%) e na gasolina (6,34%), informou o IBGE.
  • O IBGE explica ainda que para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 28 de dezembro de 2022 a 27 de janeiro de 2023 (referência) com os preços vigentes de 30 de novembro a 27 de dezembro de 2022 (base).

Outro grupos

O grupo dos Transportes (0,55%) foi o segundo com maior impacto sobre o IPCA no mês de janeiro, contribuindo com 0,11%. "Nos transportes, os destaques foram a gasolina, com alta de 0,83%, o emplacamento e licença, que incorporou pela primeira vez a fração referente ao IPVA de 2023, com alta de 1,60%, e o automóvel novo, com aumento de 0,83%", afirmou Kislanov.

No grupo de Saúde e Cuidados Pessoais, houve uma desaceleração de 1,60% para 0,16% de um mês para o outro. O item que mais influenciou este resultado foi higiene pessoal, com recuo de 1,26%.

O grupo de Vestuário foi o único a apresentar variação negativa: -0,27%. É a primeira queda em 23 meses seguidos. Kislanov credita esse recuo às liquidações das lojas após o Natal. "O recuo em janeiro de 2023 se deve ao fato de várias lojas terem aplicado descontos sobre os preços que foram praticados em dezembro, para o Natal. O fator que mais influenciou no resultado foi uma queda de 1,37% no item de roupas femininas", disse ele.

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