PIB dos Estados Unidos cresce 2,9% no 4º trimestre de 2022
Analistas acreditam em desaceleração maior da atividade ao longo do ano e recessão menos intensa e mais curta
A economia americana deve enfrentar uma recessão menos intensa e de menor duração. Entre os analistas, restou esta impressão a partir do Produto Interno Bruto PIB) do país divulgado, nesta 5ª feira (26.jan): crescimento de 2,9% no quarto trimestre de 2022. O resultado veio acima das estimativas de mercado, sugerindo economia ainda em atividade firme.
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A política de elevação de juros promovida pelo Federal Reserve (FED), o Banco Central dos Estados Unidos, deve produzir uma diminuição no ritmo da atividade ao longo do ano. Por ora, o mercado de trabalho ainda exibe sinais de vigor: a demanda por auxílio desemprego foi de 186 mil pedidos, quando se estimava 205 mil.
É justamente esse elemento que pode puxar o consumo. Daí a preocupação com os técnicos do FED em permanecerem atentos. Nos dados recentes, apesar do desemprego diminuir, a composição da renda dos trabalhadores vinha refreando os temores quanto a um aquecimento do poder de compra, leia-se: inflação.
Juros a conferir
Os dados recentes - apesar do PIB crescendo mais - suscitaram aos observadores da economia a ideia de que o Fed pode elevar menos os juros na reunião da próxima semana. Em lugar de nova alta de 0,5 ponto percentual (50 pontos -base), o mercado financeiro fala cada vez mais assumidamente em uma subida de 0,25 pp (25 pontos-base). Os efeitos possíveis não experimentam uma repercussão unânime: quem entende que a atividade e o emprego ainda mostram resiliência, tende a ser mais favorável a uma alta maior agora, para apostar numa redução do ritmo mais adiante.
Pouso suave
O melhor dos cenários, para boa parte dos analistas, é a economia americana atingir o chamado 'soft landing', o pouso suave: uma combinação de atividade econômica - ainda que menos intensa - com inflação que não pressione demasiadamente e, logo, sem a exigência de juros pesados por mais tempo. A próxima marca no termômetro da economia americana vai ser mesmo a posição quanto aos juros, na decisão do Fed semana que vem. Depois, é voltar a observar o horizonte e a fazer contas.
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