Embrapa lança projeto pioneiro para criar carne de frango em laboratório
Investimento é internacional. Novo produto deve ficar pronto para análise até o fim do ano
Pablo Valler
Tendência mundial, a carne de laboratório ainda nem está nas prateleiras dos supermercados e já ganha uma versão diferenciada no Brasil. É o filé de frango. Outra diferença é que o projeto é público, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
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A instituição conseguiu investimento via edital do The Good Food Institute (GFI), organização não governamental que atua na arrecadação de recursos e financia projetos globais. Em 2021, 22 projetos foram selecionados. Cinco são brasileiros.
A Embrapa escolheu trabalhar com as células de frango por ter um banco de dados genéticos amplo e, portanto, com mais chances de ter sucesso na recria dos tecidos. Além disso, há o fator mercado. É a proteína mais versátil e consumida no Brasil. O mercado global de carne de aves também vem crescendo e apresenta uma estimativa de consumo de 131 milhões de toneladas em 2026, conforme a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO-ONU).
Apesar do projeto, ainda não há legislação que libere o uso do produto no país. Porém, o Plano Nacional de Proteínas Alternativas (PNPA) está em processo de criação pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Até o fim de 2023 o novo produto deve estar disponível para análises sensoriais e nutricionais.
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