Ação da Americanas cai mais de 20% após pedido de recuperação judicial
Dívidas da empresa somam R$ 43 bilhões e envolvem credores financeiros, trabalhistas e fornecedores
Marianne Paim
As ações da Americanas (AMER3) seguem em queda após a negociação ter sido suspensa temporariamente na tarde desta 5ª feira (19.jan) entre 13h55 (horário de Brasília) e 14h29, logo após o pedido de recuperação judicial da companhia. Às 14h31, os papéis caíam 25,29%, a R$ 1,30, após a volta para a negociação.
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Os papéis paralisaram às 13h55 (horário de Brasília) com queda de 24,71%, a R$ 1,31.
Em fato relevante apresentado aos acionistas, o diretor de Presidente de Relações com Investidores, João Guerra, adotou um tom de cautela e de compromisso em prol de conter maiores danos.
O total dos créditos listados nos documentos protocolados com o pedido de recuperação judicial soma, nesta data, aproximadamente R$ 43 bilhões. A administração da Companhia pretende tomar as providências e adotar os atos necessários à efetivação do pedido de recuperação, em todas as jurisdições nas quais tais medidas sejam necessárias", explica.
A empresa apresentou hoje a petição que listava motivos para "imediato pedido de recuperação judicial". Entre os itens listados de forma categórica, estão pontos que solicitam a consideração pela representatividade da empresa, tanto financeiro, quanto ao seu poder ligado ao marketing.
"Nos últimos anos, o consumidor acostumou-se a conviver com os serviços da Americanas: quando vai ao shopping para fazer compras ou se precisa de qualquer produto para seu cotidiano, nas ocasiões em que abastece seu carro e deseja fazer uma parada rápida em uma loja de conveniência, ou mesmo quando o dinheiro está curto e deseja receber um cashback em suas compras ou ainda quando não quer sair do conforto de sua casa, mas precisa de serviços e produtos com agilidade adquiridos na internet", alegam os advogados em um dos itens.
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