Americanas entra com pedido de recuperação judicial
Empresa divulgou inconsistências contábeis de ao menos R$ 20 bilhões; leia documento na íntegra
A Americanas (AMER3) acabou de entrar recuperação judicial, nesta 5ª feira (19.jan). O pedido ocorreu por conta de uma dívida, estimada em R$ 40 bilhões. Segundo comunicado da empresa ao mercado, a varejista está preparando o pedido para que ele seja oficializado judicialmente, em caráter de urgência.
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"Como é notório, a Americanas não é uma simples empresa de varejo, é muito mais do que isso, e sempre fez jus ao seu slogan "TUDO, A TODA HORA, EM QUALQUER LUGAR". A Americanas é parte da vida do povo brasileiro. Tanto é que vai até mesmo onde o Poder Público não tem meios de alcançar, ao realizar serviços de coleta e entrega de produtos nas comunidades carentes do Rio de Janeiro, por meio do programa na Porta", diz a ação impetrada pelos advogados da companhia.
Na semana passada, as ações da empresa Americanas despencaram, após o anúncio de rombo estimado em R$ 20 bilhões, com data-base de 30 de setembro de 2022. O diretor-presidente Sergio Rial e o diretor de Relações com Investidores André Covre, empossados em 2 de janeiro deste ano, renunciaram aos cargos depois da divulgação do comunicado.
Na 3ª feira (17.jan), a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, notificou a Americanas sobre as inconsistências de ao menos R$ 20 bilhões encontradas em lançamentos da empresa.
Bloqueios
A Justiça do Rio de Janeiro reverteu decisão que protegia a Americanas (AMER3) de ser cobrada pelo BTG Pactual (BPAC11) sobre dívida de R$1,2 bilhão com o banco, segundo documentos obtidos pelo SBT News. Desta forma, o valor ficará bloqueado até que a recuperação judicial da varejista seja tomada.
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