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Economia

Vendas do comércio físico têm alta de 0,4% no Natal, diz Serasa Experian

Fatores como a inadimplência elevada e a taxa de juros pesando no bolso do consumidor inibiram resultado mais positivo

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 As vendas das lojas físicas para o Natal marcaram um crescimento de 0,4% de acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian. A pesquisa considera consultas a 6 mil estabelecimentos comerciais da base de dados da Serasa Experian. 

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Havia uma expectativa de crescimento um pouco melhor, em função da volta mais intensa da movimentação presencial de consumidores depois do auge da pandemia de covid-19. A geração de empregos nos últimos meses também alimentou a possibilidade de ver um resultado mais animador, sem falar nas medidas de auxílio extraordinário. Todas perspectivas que não se confirmaram. "Os varejistas esperavam um crescimento um pouco melhor após a recessão dos primeiros anos da pandemia, mas o impacto da inflação no bolso dos consumidores não permitiu a evolução dos gastos para a época", diz Luiz Rabi, economista da Serasa Experian. Veja no gráfico abaixo o desempenho das vendas nos últimos dez anos: 

Vendas do comércio crescem timidamente no Natal | Reprodução/SBT

O que pesa no bolso 

Em relação ao período correspondente do ano passado, a alta foi ainda menor: 0,2%. A taxa de juros ainda alta pressiona para baixo a aquisição de bens duráveis, que depende mais diretamente do crédito: juros altos, prestações, mensalidades e parcelamentos igualmente altos -- para não dizer proibitivos, para parte da população. Outro fator destacado pelos especialistas da Serasa Experian é a taxa de inadimplência: o número mais recente apontado pela instituição, em pesquisa relativa ao mês de outubro, mostra que 42% da população consumidora do país tem algum valor em aberto. São nada menos do que 69 milhões de brasileiros devendo, destaca o economista Luiz Rabi: é o recorde histórico deste quesito. Daí a destinação do recurso disponível não ser necessariamente às compras. 

"A alta da taxa de juros e a inadimplência dos consumidores são alguns dos agravantes que podemos listar como motivações para esse cenário. O 13º salário, antes utilizado para potencializar a atividade do comércio, também pode ter sido priorizado para o pagamento de dívidas pelos brasileiros"
Luiz Rabi, Serasa Experian

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