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CNC: Inadimplência entre consumidores com até 10 salários mínimos bate recorde

Em novembro, 78,9% das famílias brasileiras possuíam dívidas a vencer

CNC: Inadimplência entre consumidores com até 10 salários mínimos bate recorde
Pessoa pressiona tecla de calculadora em que há uma moeda de R$ 1,00 sobre (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
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Entre os consumidores que ganham até dez salários mínimos (R$ 12.120,00), a proporção de inadimplentes foi de 34,1% no mês passado, de acordo com Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada nesta 3ª feira (6.dez) pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). O número é o maior da série histórica, iniciada em 2010. Em novembro de 2021, o percentual ficou em 29,4%.

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Conforme Izis Ferreira, a economista da CNC responsável pela Peic, "os orçamentos das famílias de menor renda seguem apertados porque os juros altos aumentam as despesas financeiras associadas às dívidas em andamento". "Com maior nível de endividamento, está mais difícil pagar todos os compromissos em dia, contas de consumo e dívidas", complementa. Considerando todas as famílias brasileiras, 30,3% possuíam alguma dívida em atraso no último mês - alta de 4,2 pontos percentuais (p.p.) frente ao registrado no mesmo período de 2021. Dentre o total de consumidores, 10,9% não tinham condições de pagar dívidas atrasadas há mais de um mês. Entre os que recebem até dez salários mínimos, este percentual ficou em 13,4% (+1,4 p.p. em 12 meses). Nos consumidores inadimplentes, 42,5% estavam com atrasos acima de três meses (+0,6 p.p. ante o observado em outubro e de +1 p.p no comparativo anual).

Em novembro de 2022 ainda, 78,9% das famílias brasileiras possuíam dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa). Em comparação com o dado de outubro, houve queda 0,3 p.p. Já em um ano, o índice cresceu 3,3 p.p, mas, segundo a CNC, "essa taxa anual é a menor desde junho de 2021".

A entidade acrescenta que "a desaceleração da proporção de endividados é explicada pela evolução positiva do mercado de trabalho, pelas políticas de transferência de renda mais robustas e pela queda da inflação nos últimos meses". Juntos, os fatores fizeram aumentar a renda disponível. De acordo ainda com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, "mesmo com o cenário de melhoria do mercado de trabalho, os consumidores seguem cautelosos quanto à contratação de novas dívidas neste fim de ano, tanto pelo alto índice de endividamento e comprometimento da renda quanto pelos juros, que seguem altos".

A proporção de consumidores com mais da metade da renda comprometida com o pagamento de dívidas ficou em 21,6% em novembro último (+0,8 p.p. frente o percentual do mesmo período de 2021). As famílias que se consideravam muito endividadas representavam 17,5% do total (+0,2 p.p. na passagem de outubro para o período, e +2,7 p.p em um ano). A piora neste índice em 12 meses foi mais acentuada entre as mulheres: +3,3 p.p., ante +1.9 p.p dos homens). Entre o público feminino também, 80,7% tinham dívidas no décimo primeiro mês do ano.

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