Arrecadação do governo Federal soma R$ 205,4 bilhões em outubro
É o maior valor em 28 anos; inflação e juros altos impactaram o resultado
Os impostos, contribuições e outras receitas pagas ao governo federal em outubro somaram R$ 205,4 bilhões, conforme divulgou a Receita Federal nesta 3ª feira (29.nov). Um aumento de 7,97% na comparação com mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação somou R$ 190,3 bilhões (valor corrigido pela inflação). É a maior arrecadação para um mês de outubro em 28 anos, desde que a série foi iniciada em 1995.
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No acumulado de janeiro a outubro, o governo federal arrecadou R$ 1,85 trilhão (valor corrigido pela inflação), de acordo com os dados oficiais. É um acréscimo de 9,35% em relação ao mesmo período do ano passado, quando R$ 1,69 trilhão foram arrecadados. Também foi a maior arrecadação para o período desde o início da série histórica, em 1995.
O que explica
Por conta da inflação, há uma arrecadação maior de tributos. Em outubro foram recolhidos R$ 3 bilhões com Imposto de Renda e CSLL de empresas do setor de commodities, produtos básicos como petróleo e alimentos, de cotação internacional. Também houve um incremento de 62,2%, com 69,5 bilhões recolhidos por IRRF sobre Rendimentos de Capital. Essa alta foi impactada diretamente pela taxa básica de juros, que está em 13,75%.
Superávit em 2022
Até o início do ano, a meta fiscal do governo federal era ter um déficit de, no máximo, R$ 170,5 bilhões. No entanto, agora o Ministério da Economia estima um superávit primário de R$ 13,5 bilhões para 2022. Ou seja, o governo estaria gastando menos do que arrecada. Sem contar as despesas com dívida pública. Se acontecer, serão interrompidos oito anos de conta no vermelho. Porém, não significa uma evolução, pois as provisões existentes já mostram o caixa no negativo no próximo ano.
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