Apoio a Lula tem expectativa de economia responsável, diz Pedro Malan
Assunto foi discutido no evento da Associação das Entidades de Crédito em São Paulo
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O ex-ministro da Fazenda do governo Fernando Henrique Cardoso ( 1995/2002), Pedro Malan, fez uma rara participação pública em evento da Associação das Entidades de Crédito (ACREFI) na manhã desta quarta-feira (23.nov) em São Paulo.
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Com o enfoque nas perspectivas político-econômicas atuais e para os próximos anos, revezaram-se nos painéis economistas do calibre de Alexandre Schwartsmann, Marcos Mendes (Insper), Eduardo Giannetti (curador) e o próprio ex-ministro. O encontro teve ainda o cientista político da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fernando Abrúcio, e o também cientista político, sociólogo e escritor Sergio Abranches.
Visão Geral
Temas como inflação (no Brasil e no mundo), taxas de juros e crescimento das principais economias foram explorados. E ainda, a preocupação comum a todos quanto a PEC da Transição, a discussão intensa que o governo eleito vem travando com aliados e integrantes do Gabinete de Transição, entre outros. "Falar agora em algum valor para ficar fora do teto não cabe. O valor é zero, sob risco de se iniciar, em caso contrário, um processo de expansão do endividamento que não se sabe que fim vai ter", pontuou o professor Marcos Mendes. Schwartsman chamou a atenção para o risco de uma inflação "de cauda longa" no Brasil em 2024/2025. E Pedro Malan chamou a atenção para um cenário internacional adverso para o ano que vem. " A economia americana, no ano que vem, em função da alta dos juros para combater a inflação, deve ser próxima a 1%", disse Malan.
Apoio responsável
Ao final de sua participação, Malan respondeu rapidamente a algumas perguntas de jornalistas. Ao ser questionado pelo SBT News sobre o apoio ao governo eleito [Malan e economistas como Persio Arida, Armínio Fraga e André Lara Resende assinaram carta de apoio a Lula no segundo turno, mas fizeram um alerta dias atrás sobre a PEC da Transição], o ex-ministro pontuou:
"Ficou sempre muito claro que daríamos o apoio ao segundo turno com a expectativa de uma condução de política econômica responsável. A nossa expectativa permanece essa", disse ele.