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Economia

Cor tem influência no rendimento mensal dos trabalhadores, aponta IBGE

Estudo faz cruzamento de dados extraídos de mais de 12 pesquisas do instituto

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População brasileira
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em novo levantamento divulgado na 6ª feira (11.nov), aponta a cor como um fator de influência no rendimento mensal dos trabalhadores no Brasil em 2021. Segundo a pesquisa, a média de ganhos dos brancos está em R$ 3.099. O índice é 75,7% maior quando comparado aos dos pretos, que é de R$ 1.764. O número ainda supera em 70,8% a renda média dos trabalhadores pardos, de R$ 1.814.

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A diferença se mantém mesmo entre as pessoas com nível superior completo. No grupo, o rendimento médio por hora dos brancos foi cerca de 50% maior que o dos pretos e de aproximadamente 40% superior ao dos pardos. E embora componham 53,8% dos trabalhadores no Brasil, pretos e pardos ocuparam apenas 29,5% dos cargos gerenciais em 2021.

A diferença ainda é apontada em relação ao desemprego. A taxa de desocupação em 2021 para os brancos é de 11,3%. Já para os negros é de 16,5%, e para os pardos, de 16,2%.

Os dados também demonstram diferenças na informalidade: apenas os brancos se situam abaixo do índice nacional de 40,1%. Além disso, a proporção de pessoas pobres também é distinta no recorte por cor. 18,6% dos brancos estão abaixo da linha da pobreza, ou seja, vivem com menos de US$ 5,50 por dia. O percentual é de 34,5% entre os pretos e 38,4% entre os pardos.

O estudo, que está em sua segunda edição, faz um cruzamento de dados extraídos de mais de 12 pesquisas do IBGE. Para o instituto, "as desigualdades raciais são importantes vetores de análise das desigualdades sociais no Brasil".

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