Índice de Confiança do Empresário do Comércio cresce 0,7% em outubro
O patamar do mês supera o de março de 2020, quando começou a pandemia
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O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 0,7% em outubro, em comparação com setembro, e, portanto, ficou em 129,7 pontos no mês passado. Os números foram divulgados nesta 5ª feira (3.nov) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que mensalmente o apura.
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O patamar de outubro supera o de março de 2020, quando começou a pandemia, por 1,3 ponto: naquele mês, o Icec ficou em 128,4. Segundo a CNC, isso "demonstra completa recuperação do indicador dos efeitos negativos da crise sanitária".
Em comparação com outubro do ano passado, o Icec subiu 8,8% no décimo mês de 2022. O componente (do índice) que mais cresceu, na comparação interanual, foi a confiança no desempenho da economia (18,4%). No mês passado, este ficou em 104,5 pontos (alta de 3,8% no mês); é a primeira vez, desde março de 2020, que o indicador aparece na zona de otimismo.
Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, "a combinação entre a queda da inflação e as transferências de renda tem favorecido o poder de compra dos consumidores, que estão mais satisfeitos com o nível de consumo e mais dispostos a consumir nos próximos meses, o que naturalmente impulsiona a confiança do varejo nacional". Ainda conforme Tadros, a previsão de que as vendas de fim de ano crescerão 2,1% e, consequentemente, será necessário fazer mais contratações de trabalhadores temporários também contribuiu para o Icec ir a 129,7 pontos em outubro.
Neste ano, a Copa do Mundo impulsionará as festas de fim de ano, e, com isso, diz a CNC, "a intenção de contratação avançou 4,5% em relação a outubro de 2021, embora esteja menor do que em setembro, na série com ajuste sazonal". "O indicador está atrás apenas de outubro de 2013, e 82,8% dos varejistas consultados pretendem contratar mais colaboradores, maior proporção desde dezembro de 2013", complementa.
Em outubro, os comerciantes do Norte eram os mais otimistas no país, com 141,4 pontos no Icec. O Norte e o Nordeste foram as regiões onde este mais cresceu de outubro de 2021 para o de 2022: 12% e 9,8%, respectivamente.
A CNC explica ainda que, no último mês, porém, a confiança nas condições atuais do comércio, um dos componentes do Icec, caiu 0,4%, frente ao registrado em setembro. Para a economista responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, o motivo são quedas nas vendas do varejo: "O volume de vendas reduziu 0,1% em agosto, com desempenho heterogêneo dos segmentos do comércio. Os dados de arrecadação do ICMS nos Estados, em setembro, também corroboram o menor dinamismo das vendas do comércio".
Conforme a especialista, o nível de endividamento das famílias, que se encontra elevado, e o aumento dos juros, além de uma mudança do comportamento dos consumidores (retomada, em curso, do consumo de serviços no lugar de produtos), também contribuíram para a performance negativa das vendas do varejo nos últimos meses.
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