Europa amplia lista de itens que pode barrar por causa de desmatamento
Decisão pressiona indústrias do Brasil. Mesmo as que não praticam a ilegalidade, por ser difícil provar
Pablo Valler
O Parlamento Europeu aprovou uma ampliação da lista de produtos que poderão ser banidos, caso sejam provenientes de terras desmatadas ou degradadas.
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A proposta original trazia carne bovina, cacau, café, óleo de palma, soja e madeira. Também incluía produtos que tivesse em sua fabricação alguma dessas matérias-primas, como couro, chocolate e móveis.
O texto votado nesta 3ª feira (13.ago) pretende incluir na lista carne suína, de frango, ovinos e caprinos, além de milho, borracha, carvão e produtos de papel impresso.
Também foi antecipado em um ano o prazo a partir do qual grãos e outros itens produzidos em áreas desmatadas poderão ser barrados. De 31 de dezembro de 2020 para a mesma data de 2019.
A aprovação aconteceu com 453 votos a favor, 57 contra e 123 abstenções. O texto mais rígido ainda terá de ser submetido aos 27 Estados-membros do bloco antes de entrar em vigor.
A intenção é reduzir a contribuição da Europa para o desmatamento global. A decisão eleva a pressão sobre as exportações brasileiras.
As empresas exportadoras terão de fazer a chamada "due diligence", ou seja, verificar se os produtos vendidos à UE foram ou não produzidos em terras desmatadas ou degradadas.
Entre as ferramentas para identificar a origem dos produtos exportados estão monitoramento por satélite, auditorias, capacitação de fornecedores ou testes de isótopos para verificar de onde vêm as mercadorias.
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