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Economia

Venda de carros com mais de 13 anos dispara no Brasil

Veículo precisa passar por mecânico de confiança para não ter dor de cabeça depois

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A venda de carros com mais de 13 de fabricação deu um salto expressivo este ano. Uma parte da explicação está no "custo-benefício", já que modelos mais velhinhos -- com maior número de acessórios e motor mais potente -- têm preços atraentes. Para não ter dor de cabeça, é preciso um check-up antes de fechar negócio.

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O mecânico José Fernando, gosta de carros antigos e comprou um fusca 1972 por várias razões, "Economia, fácil manutenção, você mesmo mexe, queimou uma lâmpada, você vai lá, solta dois parafusos e troca", afirmou.

Nem precisa ser um carro tão velho assim, mas o fato é que há o crescimento da procura por veículos bem rodados. As vendas de carro usado - com mais de 13 anos de fabricação - cresceram 25% de janeiro a agosto (25,7%) em relação ao período pré-pandemia. Foram comercializados mais de dois milhões e oitocentas mil unidades (2.810.632), quantidade bem acima dos novos e seminovos.

Para o vendedor de carros Artur Esperanza, quem busca veículos com mais rodagem está procurando um carro popular de baixo custo, ou aquele mais completo com preço acessível. "Uma questão é o valor se for um carro popular e outra é mais as utilidades do carro, um carro mais completo, um pouco mais velho, mas tem mais coisas, automático, banco de couro e acessórios", diz ele. 

Para comprar um carro com tanto tempo de uso o interessado precisará tomar alguns cuidados, como explica o mecânico Adriel Domingues. "O principal e o freio, parte de suspensão, e se foram feitas as manutenções preventivas, se está tudo certinho, para ter cuidado com a correia dentada e a troca de óleo", afirma. 

Além de todos esses cuidados, o comprador de um carro usado precisa também ficar atento às condições de financiamento. Os bancos fazem restrições aos veículos com mais de uma década de fabricação, como diz o presidente da Fenauto, Enilson Sales; "A medida que os carros avançam no ano, os bancos diminuem o número de prestações que eles ofertam", disse.

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