Confederação do Comércio revisa crescimento do PIB para 1,9% em 2022
Principal aposta está no setor de serviços devido ao aumento de consumo dos brasileiros
Diante da alta de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, em relação aos três primeiros meses do ano, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou a projeção de alta de 1,8% para 1,9% no PIB em 2022. A principal aposta está no crescimento no setor de serviços, indústria e comércio.
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Segundo a Confederação, o pequeno ajuste na perspectiva do PIB deve-se à possível perda de força das medidas de estímulo à economia em decorrência de uma inflação ainda elevada. Para os serviços, por exemplo, a projeção é de alta de 2,4%, no comparativo com 2021, com o consumo das famílias avançando 2,3% em relação ao ano passado.
"A aceleração dos serviços perante os demais setores da economia se justifica primeiramente pelo efeito da normalização da circulação de consumidores, alcançada ao fim do segundo trimestre deste ano", explica o economista da CNC, Fabio Bentes. Pela ótica da demanda, o consumo avançou devido à ampliação de renda com programas sociais.
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"Com o reforço do Auxílio Brasil, a criação do voucher caminhoneiro, a retomada do valor total do vale-gás e o auxílio pago a taxistas, espera-se que o consumo se mantenha aquecido ao longo do terceiro trimestre de 2022, a partir do processo de desinflação. Contudo, os efeitos do aperto monetário devem ficar mais evidentes a partir do quarto trimestre deste ano", analisa.