Atual crescimento do Brasil é transitório, diz diretor do BC
Diogo Guillen afirma que reação já estaria perdendo força e taxa básica de juros deve continuar alta
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O crescimento econômico um tanto acima do esperado que o Brasil apesentou recentemente foi apenas transitório, disse o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Guillen, nesta 2ª feira (11.jul) em um evento do Credit Suisse sobre desafios da política monetária.
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Para ele, o primeiro semestre foi influenciado pela normalização dos setores no pós-pandemia e medidas fiscais de impactos insustentáveis como a antecipação do 13º salário a aposentados e o pagamento de abono salarial.
Guillen também confirmou o que boa parte do mercado temia, que a estratégia do BC para levar a inflação para uma patamar mais próximo da meta passa por uma Selic ainda mais alta -- a atual taxa básica de juros está em 13,25%.
Sobre como o BC atuaria em um cenário de incertezas, se a Selic permaneceria assim por muito tempo, o diretor respondeu com mais cuidado, dizendo que "o BC continua tendo o instrumento (de juros) e vamos avaliar no futuro".
Ainda sobre isso, analisou que a estratégia de manter o juro estável por mais tempo impactará mais as projeções de inflação de 2024 do que as de 2023.
Em relação ao câmbio, afirmou que, se o BC identificar volatilidade excessiva, redução de liquidez e disfuncionalidades, o componente merecerá intervenção.
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