União Europeia pode suspender compra de limão-taiti do Brasil
Agência fitossanitária encontrou bactéria do cancro em 42 cargas
Pablo Valler
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) interditou, por 60 dias, atacados de frutas que exportam limões-taiti para a União Europeia (UE).
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O bloco econômico foi quem pediu medidas corretivas e punitivas aos estabelecimentos que estariam enviando produtos infectados com o cancro, uma doença causada pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. citri.
Esse é um dos problemas mais comuns na citricultura brasileira. Por isso, a agência de controle fitossanitário faz testes com as cargas que desembarcam nos portos europeus.
Atualmente, há registro de 42 cargas infectadas em um período de seis meses. Motivo de grande preocupação para o Mapa, que corre o risco de perder contratos de mais de US$ 120 milhões por ano só com os europeus.
A UE é o destino de 80% das exportações do limão-taiti, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).
Junto ao Mapa, a Abrafrutas tem fiscalizado galpões de armazenamento. São mais de 50 credenciados, a maioria do estado de São Paulo, e em 15 já foram identificados o patógeno. O cancro é visível a olho nu.
As empresas foram notificadas. Mas, segundo Waldyr Pormicia, presidente da Abrafrutas, "o Mapa já sinalizou mais rigor com o caso, como suspensão", disse em nota.
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