Brasileira está entre os 10 líderes que mais contribuem com o mundo
Denise Hills é diretora de sustentabilidade da Natura&Co, empresa com projetos de bioeconomia na Amazônia
A diretora de sustentabilidade da Natura&Co, Denise Hills, foi selecionada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um dos 10 líderes empresariais mundiais que mais contribuem para Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
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Os ODSs são uma série de itens descritos na Agenda 2030, um acordo firmado entre os 193 países signatários.
Em entrevista à ONU News, Denise contou que alinhar o dia a dia dos negócios à Agenda 2030 vai além de projetos pontuais.
"O que dizemos aqui é que os ODS se alinham com o 'Compromisso com a Vida', que é a nossa a missão lançada em 2020, no meio da pandemia, quando a gente se comprometeu publicamente a reunir esforços, no nosso modelo de negócio, para atender os objetivos de mudança de clima, proteger a Amazônia, proteger direitos humanos e valor da renda digna, a diversidade e ainda promover uma economia circular, que fala muito do impacto direto dos nossos produtos."
A porta-voz de sustentabilidade também contou que entre as metas estão atingir zero emissões líquidas de carbono até o final da década e mobilizar esforços para alcançar o desmatamento zero até 2025.
Além disso, destacou que está pensando em maneiras de manter o negócio mais sustentável em toda a cadeia produtiva, recolhendo o plástico das embalagens e reciclando pelo menos metade. A formula dos produtos também deve ser biodegradável.
Ela ainda declarou que o "impacto social positivo é o novo lucro" e que os ODS são as referências das metas e ambições do setor privado. Denise também afirmou que a nomeação representa um importante momento em sua carreira.
"Eu não tenho dúvidas de que esse é um dos momentos mais memoráveis da minha vida, como mulher, como executiva, como uma pessoa que trabalhou a vida inteira em finanças e agora, esse reconhecimento é ímpar. Traz a certeza de que esse é um caminho sem volta e extremamente importante. Mas também acho que a responsabilidade e o desejo de cada vez mais promover essa transformação da agenda das corporações rumo aos ODS... É de um orgulho ímpar, mas também de uma grande responsabilidade de representar o Brasil, a América Latina e as mulheres."