Inflação de fevereiro chega a 1,01% e é a maior para o mês desde 2015
Os principais índices que puxaram a alta foram a educação e o setor de alimentação e bebidas
A inflação de fevereiro, apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 1,01%. O resultado é o maior para o mês desde 2015. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 10,54%. Em fevereiro, os principais índices que puxaram a alta foram a Educação (5,61%) e da Alimentação e Bebidas (1,28%).
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No grupo Educação (5,61%), são incorporados no IPCA, em fevereiro, os reajustes habitualmente praticados no início do letivo. O maior impacto (0,28 p.p.) veio dos cursos regulares (6,67%), com destaque para o ensino fundamental (8,06%), a pré-escola (7,67%) e o ensino médio (7,53%). Os preços dos cursos de ensino superior e de pós-graduação subiram 5,82% e 2,79%, respectivamente.
Já resultado de Alimentação e bebidas (1,28%) foi influenciado pela alta mais intensa dos alimentos para consumo no domicílio (1,65%). Destacam-se os aumentos nos preços da batata-inglesa (23,49%) e da cenoura (55,41%). No caso da cenoura, as variações foram desde 39,26% em São Paulo até 88,15% em Vitória. Além disso, as frutas subiram 3,55%, variação próxima à do mês anterior (3,40%).
Nos últimos 12 meses, o que mais pesou na alta da inflação, de modo geral, foram os combustíveis, que acumulam avanço de 33,33%. Mas, em fevereiro, esse item do grupo Transportes (0,46%), teve queda de 0,92%.
"O preço da gasolina recuou 0,47%, contribuindo com -0,03 ponto percentual no IPCA de fevereiro. Por outro lado, foram verificadas altas nos preços do óleo diesel (1,65%). Em 12 meses, a gasolina acumula avanço de 32,62% e o diesel, de 40,54%. No mês, o etanol teve a queda mais acentuada, com -5,04% de variação e -0,05 ponto percentual de impacto. Já o gás veicular subiu 2,77%", explicou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos capitais Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de janeiro a 25 de fevereiro de 2022 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de dezembro de 2021 a 28 de janeiro de 2022 (base).