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Economia

Preço do petróleo dispara com escalada de tensão na Europa

Preço do barril de petróleo tipo Brent já passou de US$ 100; último registro similar foi em 2014

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Preço do petróleo dispara com escalada de tensão na Europa
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Com a intensificação do conflito entre Rússia e Ucrânia, os preços do petróleo dispararam na 5ª feira (24.fev). O preço do barril de petróleo tipo Brent já passou de US$ 100, chegando a US$ 105,34, o equivalente a R$ 542,52 na cotação atual. O último registro similar foi em 2014, com o mesmo barril custando US$ 105.

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A Rússia é uma grande atuante do mercado internacional e, mesmo que não figure tanto nos noticiários globais pela sua economia, é um dos principais fornecedores para a Europa de gás e petróleo. Como resultado, a economia mundial também é prejudicada, já que há o temor de que a guerra no Leste Europeu interrompa o fornecimento global. 

O petróleo tipo WTI acumula 6,5% de alta. A escalada de preços preocupa eminentemente os bancos centrais, principalmente o do Brasil, visto o impacto do preço do petróleo nos preços dos combustíveis e, por sua vez, na inflação, na produção de alimentos, e em toda a cadeia econômica. É o que explica Sean Butler, mestre em economia pelo IBMEC/RJ e sócio-fundador da Golfinvest/XP Investimentos. 

"Há sempre riscos, temores de um maior agravamento da situação geopolítica e, além disso, o histórico da Russia não ajuda. Por aqui, o mercado parece estar um pouco em compasso de espera, para ver quais empresas podem se favorecer desse rompimento", afirma Butler. 

Além disso, o mercado de ações e as bolsas de valores também reagiram ao aumento das tensões entre os países. Na quinta-feira (24.fev), com a invasão da Rússia à Ucrânia, todas as bolsas europeias fecharam em queda. 

O principal índice do mercado de ações da zona do euro, o Stoxx, também caiu 3,19%. Em relação ao mercado de ações, o Euro Stoxx 50 registrou queda semanal de 6,91% -- uma das piores quedas da década.

"Entretanto, o pior cenário, na minha leitura, seria esse que já se está vivendo em termos de energia, pois não acredito num avanço maior da Rússia nesse setor, o que impactaria bastante os mercados pela dimensão da incerteza do momento", ressalta o economista. 

Isso porque, sabendo da necessidade da União Europeia diante de seu produto, a Rússia, por diversas vezes, ameaçou interromper o fornecimento caso não tenha os seus interesses atendidos pelo Ocidente.

"A iminência de um rompimento entre Oriente e Ocidente seria catastrófico para a economia já combalida do velho mundo, após a covid", pontua Butler.

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