Você passou a tomar mais ou menos café durante a pandemia?
Especialistas dizem que consumo mudou com a covid-19; confira
A Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte, debateu as mudanças no consumo do produto durante a pandemia de covid-19. Apreciadores de café aprenderam diferentes formas de reproduzir em casa a experiência de consumir cafés especiais em uma cafeteria e, ao que tudo indica, o novo hábito veio para ficar.
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"Não devemos temer a mudança, é preciso abraçá-la", disse James F. Mclaughlin Jr, presidente da Intelligentsia Coffee, especializada em cafés especiais. Ele vê nas vendas pelas internet e plataformas digitais uma grande oportunidade de contar a história dos produtos, de uma forma que um barista não conseguiria fazer no balcão de uma cafeteria com uma fila de clientes.
No Brasil, onde a média de consumo chega a 835 xícaras por ano, a expectativa é de que crescimento. "Até 2025 isso deve ir para 1.050 xícaras", diz o pesquisador Rodrigo Mattos do Instituto Euromonitor. Segundo ele, o brasileiro a queda no consumo de café na pandemia foi menor que em outros países porque o Brasil já tinha uma tradição forte de consumo de café em casa.
A diretora executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais, Vanusia Nogueira, destacou que a pandemia interrompeu a expansão acelerada que o setor vivenciava, mas também trouxe novos pontos de vista sobre a atividade.
"Estávamos todos a mil por hora no início do ano passado, conversando no mundo todo a respeito de um mercado de cafés especiais que estava definitivamente decolando. De repente, para tudo", disse ela. "Os grandes pontos de convivência para saborear o café especial, que eram as cafeterias, os hotéis, os restaurantes, tudo isso fechado".
(com informações da Agência Brasil)