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Economia

Chuvas no sudeste animam produtores rurais após período de estiagem

Problemas provocados pela seca baterão na mesa dos brasileiros em alguns meses

Imagem da noticia Chuvas no sudeste animam produtores rurais após período de estiagem
O trabalho no campo é cheio de incertezas, mas este ano elas têm tirado o sono do produtor além da conta (Reprodução/SBT Brasil)
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As recentes chuvas no sudeste estão sendo um alento para a agricultura depois de tanto tempo de estiagem. Os produtores rurais tiveram que arcar com o prejuízo do atraso no plantio e as perdas só serão recuperadas em dois anos.

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O vento traz instabilidades, mas também a esperança de que a lavoura de amendoim agora dará certo. Depois de longos meses de seca, a chuva das últimas semanas, ainda que em pequena quantidade, animou Fernando Ferreira, agricultor da região de Bauru, centro-oeste do estado de São Paulo.

"A chuva trouxe bastante benefício pra nós, os agricultor tudo ficou mais aliviado", pontuou. Um mês antes, o SBT Brasil havia visitado a fazenda. Na ocasião, seu Fernando estava desolado ao ver a terra seca, que impedia a semeadura. Por causa da estiagem, o plantio atrasou e encareceu. Segudo Fernando, "30% perdeu, não tem como recuperar porque a chuva já veio tardio". 

Na mesma região, a criação de ovelhas também enfrenta as consequências da estiagem. Como o pasto está seco, o produtor tem que reforçar a alimentação. O custo disso é de R$ 2,00 por cabeça ao dia. A ração é misturada com polpa de laranja, normalmente descartada pela indústria de suco. É o que suaviza o custo do produtor.

O trabalho no campo é cheio de incertezas, mas este ano elas têm tirado o sono do produtor além da conta. A questão atual é a seca, mas ela é apenas um dos problemas deste 2021. "Primeiro que foi a geada no começo, que queimou toda a pastagem. Uma geada forte. depois, na seca, o que acontece? Não tem água, a planta não cresce", afirmou o produtor rural José Maurício Guimarães. Ainda de acordo com ele "todos os insumos estão mais ou menos atrelados ao dólar". "A gente, com o dólar a R$ 5,50, R$ 5,60, nosso custo de produção aumenta muito", completou.

Pesa no bolso dos pequenos produtores, mas a conta também será paga pelos consumidores. Os problemas de agora baterão na mesa dos brasileiros em alguns meses, e olha que já não anda fácil colocar comida na mesa. O grupo alimentação acumula inflação de 5,84% este ano. A confeiteira Carolina Nascimneto e o marido têm feito "malabarismo" em casa. Para hoje, tem arroz, feijão, frango e alface. É o cardápio possível diante dos preços.

Antes, segundo ela, a carne estava quase todos os dias nos pratos. Agora, apenas "quando dá". "A gente abre exceção até porque as crianças precisam da carne. Mas não é uma prioridade", acrescentou. Realidade de mau gosto mpactando do campo à cidade, mas que não depende só da chuva para mudar. O pequeno Mateus, filho de Carolina, pelo menos, faz a parte dele: "tem que comer tudo".

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