IBGE revê para baixo crescimento do PIB em 2019: de 1,4% para 1,2%
Alteração reflete novos dados sobre impacto da tragédia de Brumadinho na atividade econômica
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A alteração do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBG), se deu por causa da chegada de novos dados ao Sistema de Contas Nacionais. Nesse caso, a elevação do PIB, em 2019, que havia sido calculada em 1,4%, caiu dois décimos percentuais, para 1,2%. Em valores nominais, as riquezas acumuladas pelo país naquele ano somaram R$ 7,389 trilhões. Com a correção, o PIB per capta (divisão do valor total pelo número de habitantes) ficou em R$ 35,1 mil, alta de 0,4% em relação a 2018.
Apesar de tímido, o crescimento em 2019 foi o terceiro consecutivo da série anual (1,8% em 2018, e 1,3% em 2017). Mas esses aumentos foram insuficientes para cobrir a queda de 6,7% acumulada em 2015 e 2016, destacou o IBGE.
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O principal motivo da correção foi a entrada posterior de dados do impacto da tragédia de Brumadinho no setor extrativo-mineral. "Essa revisão decorreu, principalmente, da incorporação de novos dados sobre o impacto econômico do rompimento da barragem de Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019. Com isso, a queda da indústria extrativa mineral foi ajustada de -0,9% para -9,1%. O impacto dessa revisão sobre a taxa de crescimento do Valor Adicionado Bruto da Indústria foi de -1 ponto percentual", informou o IBGE, em nota explicativa.
Segundo os dados do IBGE, divulgados nesta 6ª feira (5.nov), nove dos 12 grupos de atividades econômicas registraram crescimento ou estabilidade em 2019. A agropecuária cresceu 0,4%, a indústria caiu 0,7%, e os serviços cresceram 1,5%.
O consumo das famílias, que responde por 74,8% da demanda final e por 63,7% do PIB, cresceu 2,6%. "A variação média de preços dos bens e serviços consumidos pelas famílias foi de 3,7%, e o valor do consumo final per capita mensal das famílias passou de R$ 1.768,05, em 2018, para R$ 1.865,97, em 2019."