Anúncios no Google puxam lucro recorde da Alphabet

A Alphabet, holding controladora da empresa de tecnologia Google, derrubou as expectativas de lucro em Wall Street no terceiro trimestre do ano. As vendas de anúncios foram mais fortes que o previsto, no entanto, as receitas da divisão de computação na nuvem, Google Cloud, ficou abaixo das expectativas.

Segundo o jornal Financial Times, a receita do conglomerado chegou a US$ 65,1 bilhões (R$ 363,2 bilhões) com um aumento de receita de 41% no ano e superando as estimativas de US$ 63,3 bilhões (R$ 353,2 bilhões). 

Entre julho a setembro o lucro líquido foi de quase 70% maior que no ano anterior, com US$ 18,9 bilhões (R$ 105,45 bilhões), com isso, superando o esperado de US$ 15,8 bilhões (R$ 88,2 bilhões). Assim, cada ação da Alphabet registrou lucro de US$ 27,99 (R$ 156,16).

Aumento no tráfego de buscas beneficia publicidade

As buscas por interesse em viagens após a pandemia tiveram um aumento e, segundo analistas ouvidos pela publicação inglesa, a receita de publicidade do Google foi beneficiada com esse movimento.

A receita do negócio de publicidade alcançou US$ 53,1 bilhões (R$ 296,3 bilhões). Além disso, a receita de publicidade da rede social de vídeos YouTube chegou a US$ 7,2 bilhões ou R$ 40,2 bilhões na cotação atual. Com isso, chegando ao incremento de 40% em relação ao mesmo período de 2020.

Google Cloud teve crescimento abaixo do esperado

A divisão de computação em nuvem Google Cloud, que trava forte concorrência com Amazon e Microsoft, teve aumento de receita em 45%, para US$ 4,99 bilhões (R$ 27,8 bilhões), registrando abaixo da expectativa de US$ 5,2 bilhões (R$ 29 bilhões).

Crescem custos totais da Alphabet

Os custos totais do companhia aumentaram 26%, a US$ 44,1 bilhões (R$ 246,1 bilhões) no trimestre e a força de trabalho da empresa passou dos 150 mil funcionários.

O preço das ações da Alphabet caiu 2% nas negociações iniciais após o pregão na bolsa norte-americana, mas tendo subindo mais de 60% desde o início do ano.