Inflação de Dia das Crianças está mais baixa do que inflação geral, diz FGV
Preços de passeios e férias foram os que mais aumentaram; livros e celulares ficaram mais baratos
Um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), divulgado nesta 4ª feira (6.out), apontou que a inflação de produtos e serviços consumidos no Dia das Crianças subiu, em média 6,18%, nos últimos 12 meses. O percentual ficou bem abaixo da inflação geral, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-FGV), apurado pela própria fundação, que está em 9,19% nio ano.
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Segundo a pesquisa, os preços dos serviços de lazer foram os mais afetados, com alta de 7,63%, puxada por "passeios e férias" (21,22%). O aumento foi influencidado, principalmente, pela evolução das tarifas aéreas. Ao mesmo tempo, salas de espetáculo, como cinemas, shows, e teatros, profundamente impactados pela pandemia, seguem com preços estáveis nos últimos 12 meses.
"O custo do querosene e do câmbio, além de um ensaio da retomada de demanda, em especial na temporada de julho, impactaram o preço das passagens", avaliou o pesquisador do FGV/Ibre Matheus Peçanha. Para ele, o momento ainda é de cautela.
"A condição do mercado de trabalho ainda é muito desfavorável para a maioria das famílias. O desemprego está à beira dos 15% e a recuperação da confiança com a retomada dos serviços e do comércio ainda patina. Com isso, a economia não está aquecida e o cenário no mercado de trabalho é excludente para muitos pais e mães, que ainda não estão em condições de gastar."
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No setor de presentes, os 11 artigos mais procurados nesta época registraram um aumento médio de 2,04%. As maiores altas foram observadas, principalmente, no item "derivados metálicos" e na indústria têxtil: artigos esportivos (8,6%), bicicleta (6,95%), aparelho de TV (5,89%) e calçados infantis (5%). Por outro lado, livros (-0,94%) e celulares (-1,13%) apresentam queda nos preços.
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