Famílias de baixa renda sentem mais com alta dos preços, diz IPEA
Segundo o instituto,a inflação dos mais pobres apontou alta de 0,91% em agosto e dos demais 0,78%
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O Indicador de Inflação por Faixa de Renda apontou desaceleração da taxa de inflação para todas as faixas de renda no mês de agosto, com exceção das famílias de renda média-alta. O estudo foi divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta 4ª feira (15.set), e revelou que, enquanto a inflação das famílias de renda baixa e muito baixa apontou alta de 0,91%, a das famílias no estrato superior de renda apresentou variação mais amena (0,78%).
O levantamento mostra que a alta dos combustíveis impactou todas as famílias no grupo de transportes. No grupo Alimentação, as famílias com menor renda, mesmo diante de uma deflação em itens importantes como arroz (-2,1%), feijão (-1,7%) e óleo de soja (-0,4%), sentiram no bolso os aumentos de preços das proteínas animais ? especialmente do frango (4,5%) e dos ovos (1,6%) ?, da batata (20%), do açúcar (4,6%) e do café (7,6%) .
O grupo de habitação foi o terceiro que mais influenciou todas as faixas de renda, puxado pelos aumentos de 1,1% da energia elétrica, de 2,7% do gás encanado e de 2,4% do gás de botijão.
Segundo o IPEA, "Apesar de a inflação em agosto de 2021 ter ficado acima da registrada no mesmo mês de 2020, para todas as classes pesquisadas, o diferencial entre as taxas foi bem maior para as famílias de renda mais alta. As reduções de 4,4% das mensalidades escolares e de 0,44% dos serviços de recreação, ocorridas em agosto de 2020, explicam o desempenho melhor da inflação do ano passado nessa faixa que concentra os maiores rendimentos", diz o indicador.