Brasil tem dois casos de "vaca louca" e exportação à China é suspensa

Dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atípica, popularmente conhecida como "mal da vaca louca", foram confirmados pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Os casos foram identificados em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG), durante uma inspeção ante-mortem, e são consideradas a quarta e quinta ocorrências em mais de 20 anos de vigilância da doença. Nos diagnósticos recentes, as vacas já apresentavam idade avançada e pertenciam ao grupo de descarte.

De acordo com a nota emitida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a EBB atípica acontece de forma natural, não estando relacionada à alimentação. Os processos de ação sanitária de mitigação de risco foram finalizadas antes do resultado final do laboratório de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), no Canadá. A conclusão é de que não existem riscos para a saúde de seres humanos e animais.

Diante da confirmação dos resultados na última 5ª feira (3.set) em Alberta, no Canadá, o Brasil enviou um comunicado oficial à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Em cumprimento ao protocolo sanitário estabelecido entre a China e o Brasil, as exportações de carne bovina ficam temporariamente paralisadas a partir deste sábado (4.set). A conclusão desta avaliação será feita por autoridades chinesas.

Ainda de acordo com o Mapa, a OIE exclui o acontecimento de EBB atípica. Ou seja, o Brasil continua com sua classificação como um país de pouco risco para a doença, não sendo responsável por possíveis efeitos no comércio de animais e produtos ou subprodutos relacionados. Nunca um caso de EEB clássica foi registrado no Brasil.