Petrobras reajusta gás natural em 39% nas distribuidoras

A Petrobras anunciou, nesta 2ª feira (5.abr), que a partir do dia 1º de maio, os preços de venda de gás natural para distribuidores terão um aumento de 39% em reais por metros cúbicos (R$/m³) com relação ao último trimestre. Medido em dólar por milhão de BTU, unidade de energia usada nos Estados Unidos e no Reino Unido, o reajuste será de 32%.

Segundo a nota, a variação decorre "da aplicação das fórmulas dos contratos de fornecimento, que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de câmbio". Como as atualizações dos preços dos contratos são trimestrais, para os meses de maio, junho e julho, a referência são os preços dos meses de janeiro, fevereiro e março.

Além disso, a empresa afirmou que durante esse período, o petróleo teve alta de 38%, seguindo a tendência de alta das commodities globais. Os preços domésticos das commodities também tiveram alta devido à desvalorização do real.

Os preços de gás natural incluem o repasse dos custos incorridos pela companhia para o transporte do produto até o ponto de entrega às distribuidoras. Esses custos são definidos por tarifas reguladas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). "Esta parcela do preço é atualizada anualmente no mês de maio pelo IGP-M, que, para o período de aferição (março de 2020 a março de 2021), registrou alta de 31%".

A Petrobras informou que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras e, no caso do gás natural veicular (GNV), dos postos de revenda, e pelos tributos federais e estaduais. 

"Além disso, o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas", concluiu a empresa.