Auxílio emergencial terá impacto de 2,5% no PIB nacional, diz estudo
Efeito será mais significativo no nordeste, onde o benefício representará 6,5% do Produto Interno Bruto da região
![Auxílio emergencial terá impacto de 2,5% no PIB nacional, diz estudo](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FAuxilio_emergencial_93594dfe06.jpg&w=1920&q=90)
Publicidade
O impacto médio do auxílio emergencial, na economia do Brasil, equivalerá a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, segundo um estudo realizado por dois economistas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O trabalho foi publicado em versão prévia na rede social científica ResearchGate, no mês passado, e aguarda revisão por pares.
Para fazer a estimativa, os autores usaram dados obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI), com o Ministério da Cidadania (MC), e outros indicadores fornecidos por órgãos distintos, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O impacto do auxílio no PIB é explicado pelo fato de o benefício consistir em uma transferência de recursos, de modo que os beneficiários gastam a quantia nos setores que desejarem, entre os quais o de alimentos, vestuário e eletrodomésticos.
+ Auxílio emergencial: quase R$ 235 milhões foram destinados a indígenas
Em relação ao PIB de cada estado em 2019, o auxílio impactará mais no Maranhão (8,6%), Piauí (7,9%), Paraíba (6,7%), Alagoas (6,4%) e Ceará (6,4%). Goiás aparece como o único fora do norte e nordeste em que a proporção do auxílio no PIB supera a média nacional, com 2,6%. O estado de São Paulo, para onde a maior parte dos recursos do benefício são repassados (cerca de R$ 30 bilhões), aparece no 25º lugar do ranking de impacto.
Ainda segundo os economistas, o auxílio equivalerá a 10% do PIB em 1.709 municípios brasileiros, dos quais 80,4% pertencem ao nordeste. Na região, a Bahia contém a maioria deles (324). Atualmente, o governo federal espera gastar cerca de R$ 250 bilhões com o pagamento do benefício, que foi criado em abril para minimizar a perda de renda provocada pela pandemia de Covid-19. Aproximadamente 70 milhões de pessoas deverão ser beneficiadas.
Publicidade