Ubisoft destaca força do Brasil nos eSports e revela bastidores da final da SAL em SP
Em entrevista, diretor da desenvolvedora na América Latina falou sobre o impacto da comunidade brasileira e revelou planos para eventos futuros

Vinícius Gobira
A cidade de São Paulo se prepara para receber, de 4 a 7 de dezembro, a final da South America League (SAL), campeonato sul-americano de Rainbow Six Siege X. O evento acontecerá na Oca, no Parque do Ibirapuera, e reunirá torcida presencial, transmissão ao vivo e uma premiação de aproximadamente R$ 500 mil.
As seis equipes classificadas — todas brasileiras — confirmam a força do país no cenário competitivo de Siege: FaZe Clan, FURIA, LOUD, Ninjas in Pyjamas, Team Liquid e W7M Esports chegam à etapa decisiva após somar as melhores pontuações nas fases anteriores.
Para entender os bastidores da produção e o peso do evento para a desenvolvedora, conversamos com Leandro Estevam, diretor de eSports da Ubisoft para a América Latina.
Por que a Oca? “Um presente para a comunidade brasileira”
Segundo Estevam, o local foi escolhido tanto pelo simbolismo quanto pela representatividade cultural:
“A escolha da Oca é um presente para a comunidade brasileira, que tem a torcida mais apaixonada do mundo. Proporcionar aos fãs um espaço icônico é uma demonstração do nosso carinho.”
O diretor destaca que a escolha reforça o lugar dos eSports na agenda cultural do Brasil, que já recebeu eventos globais como a Pro League 2018, o Six Invitational 2024 e o RELOAD 2025.
Desafio: transformar Niemeyer em eSports
Converter um espaço artístico em uma arena competitiva exigiu criatividade e respeito ao projeto original.
“Me pergunto se Niemeyer imaginou a Oca como arena de eSports”, brinca Estevam. “Queremos que o espaço reverbere a energia das jogadas e mantenha sua identidade.”
A estrutura vai incluir palco, iluminação especial, infra de transmissão e toda a operação de uma competição profissional, mantendo o equilíbrio visual do local.
Brasil como potência global de Rainbow Six
O executivo reforça que o país tem papel central na evolução de Siege X:
“O Brasil tem uma das comunidades mais ativas e jogadores atuando em times de todas as regiões. Somos líderes em premiações acumuladas, com mais de US$ 12 milhões recebidos.”
Esse protagonismo, segundo ele, influencia diretamente decisões da Ubisoft.
Impacto da comunidade nas decisões globais
O histórico recente de eventos em solo nacional tem moldado o calendário internacional:
“O Six Invitational 2024 bateu recordes de audiência presencial e digital. O RELOAD, no início deste ano, também foi excelente. Isso orienta novos formatos e a presença do Brasil em eventos globais.”
Mais eventos para o Brasil? Ubisoft diz que sim
Sobre futuros campeonatos internacionais no país, Estevam é categórico:
“O Brasil é um mercado estratégico. A resposta da comunidade e o profissionalismo das equipes tornam o país um candidato natural para sediar eventos de grande porte.”
Seis times brasileiros na final: sinal de maturidade
A classificação 100% nacional é reflexo do ecossistema competitivo. O diretor da Ubisoft chegou a comentar que: “Isso não é acaso. São anos de investimento, formação profissional e uma comunidade engajada. O Brasil não só revela talentos: mantém um padrão altíssimo.”
Vale lembrar que FaZe Clan, FURIA, LOUD, Ninjas in Pyjamas, Team Liquid e W7M Esports chegam à etapa decisiva após somar as melhores pontuações nas fases anteriores.
O que esperar de 2026?
O diretor antecipa que o foco será ampliar tanto a elite competitiva quanto oportunidades para novos jogadores:
“Queremos manter competições de altíssimo nível e aumentar os torneios de comunidade, criando um caminho claro para quem deseja se profissionalizar.”








