Queijo Minas Artesanal é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade
Tradição secular de produção manual do queijo mineiro é homenageada pela UNESCO, destacando sua relevância cultural e sabor único
Majô Gondim
Marina Venturoli
O modo artesanal de produzir o queijo Minas, realizado inteiramente à mão, foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. A inclusão na lista foi oficializada em uma cerimônia no Paraguai, reconhecendo uma tradição que reflete o DNA da cultura mineira.
Em Belo Horizonte, no Mercado Central, turistas e moradores celebram a conquista. "O sabor do queijo Minas é maravilhoso, não existe igual", afirma Talita Metzker Guimarães, psicóloga. Diana Gomes, colombiana, elogia a textura única do produto.
Produzido artesanalmente por pequenos produtores, o queijo Minas segue critérios rigorosos para merecer o título. Feito com leite cru de vaca em fazendas familiares, sem o uso de máquinas, a produção utiliza fermento natural e coalho, adicionando sal somente após a preparação da massa. A maturação finaliza o processo, garantindo a casca lisa e dourada característica.
Regiões tradicionais como a Serra da Canastra, Diamantina e o Triângulo Mineiro mantêm viva a herança secular. Para Marcos Vinicius Gonçalves, supervisor comercial, o reconhecimento "incentiva as vendas e valoriza os produtores". Talita Metzker destaca: "Agora, o mundo vai conhecer esse sabor único".
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O Brasil soma sete patrimônios culturais imateriais reconhecidos pela UNESCO, como o Frevo do Recife, o Bumba Meu Boi e a Roda de Capoeira. O queijo Minas é o único alimento da lista, reafirmando uma tradição de mais de 300 anos que combina história e sabor.