"Esse prêmio vai para ela, Eunice Paiva", diz Walter Salles ao receber Oscar de melhor filme internacional
Longa brasileiro disputava categoria com obras da Dinamarca, França, Alemanha e Letônia
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Camila Stucaluc
O longa brasileiro "Ainda Estou Aqui" venceu o prêmio de melhor filme internacional no Oscar 2025, realizado neste domingo (2), em Los Angeles. Inédita para o cinema brasileiro, a tão desejada estatueta dourada consagra a trajetória de uma produção que acumula sucesso de público e crítica, além de dezenas de prêmios internacionais.
Lançado em novembro de 2024, "Ainda Estou Aqui" disputava o troféu com "A garota da agulha" (Dinamarca), "Emilia Pérez" (França), "A semente do fruto sagrado" (Alemanha) e "Flow" (Letônia). Ao receber o prêmio, o diretor Walter Salles dedicou a estatueta à Eunice Paiva – que deu vida ao longa ao ser representada por Fernanda Torres.
"Em nome do cinema brasileiro, é uma honra tão grande receber isso de um grupo tão extraordinário. Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande no regime tão autoritário, decidiu não se dobrar e resistir. Esse prêmio vai para ela: o nome dela é Eunice Paiva. E também vai para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela. Fernanda Torres e Fernanda Montenegro", disse Walter.
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“Ainda Estou Aqui” é uma adaptação do livro autobiográfico homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva, também conhecido pelo romance "Feliz Ano Velho" (1982). A história narra a trajetória da mãe do autor, Eunice Paiva, depois do desaparecimento do marido, Rubens Paiva (Selton Mello), na ditadura militar.
Confira a transmissão especial do SBT sobre o Oscar 2025