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Crime

Arma usada em atentado contra ex-secretário pertence a chefe de facção, diz laudo

A polícia abriu inquérito para investigar atentado contra ex-secretário municipal de Arujá, na região metropolitana de São Paulo

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Anderson Lacerda, traficante conhecido como "Gordo"
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Um laudo apontou que uma pistola pertencente ao traficante Anderson Lacerda, conhecido como "Gordo" e apontado como um dos chefões da maior facção paulista, foi a responsável pelo atentado realizado em julho de 2018 contra Carlos Vissechi, ex-secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura de Arujá.

Vissechi é investigado por receber propina de Anderson. O ataque aconteceu menos de um mês após o ex-secretário realizar um boletim de ocorrência para denunciar a falta de médicos plantonistas no hospital administrado por parentes do narcotraficante.

O "Gordo" é acusado de se aliar a políticos para desviar verba dos cofres públicos de Arujá por meio de contratos superfaturados nas áreas de saúde e limpeza urbana, e este supostamente teria sido o caso com Vissechi, já que troca de mensagens em julho de 2018 mostram a proximidade entre ambos. De acordo com a investigação, comparsas de Anderson disseram que o ex-secretário tentou passá-lo para trás, negociando valores de contratos sem que o traficante soubesse.

O atentado então ocorreu após um mês esta troca de mensagens. Um carro prata tentou impedir que Vissechi entrasse em casa, disparando contra o portão e o veículo do então secretário, que escapou ileso.

A polícia nunca teve dúvidas de que o ataque foi um golpe e demonstração de poder do narcotraficante, mas não possuía provas para comprovar a participação de Anderson. Isso até a apreensão da arma de Luciano de Almeida Gabriel, capanga do chefão da facção. A pistola foi enviada para confronto balístico, que comprovou que esta foi a arma usada para tentar matar o ex-secretário.

Além de Luciano, Anderson e o filho, Gabriel Nadalon, passaram a ser investigados também pela tentativa de homicídio. O advogado de Anderson Lacerda diz não ter sido notificado sobre a nova investigação.

Procurado pela equipe do SBT Brasil, o ex-secretário Carlos Vissechi não quis se manifestar. A Prefeitura de Arujá não respondeu aos contatos e não foi possível falar com a defesa de Luciano de Almeida Gabriel.
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