Massacre em Suzano: Adolescente apreendido treinou tiro com amigo assassino
Para a polícia, o vídeo divulgado prova que o jovem ajudou a planejar o ataque.

SBT News
Um vídeo divulgado nesta quarta-feira mostra o terceiro suspeito de participar do massacre na escola estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, em um stand de tiros junto com Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, dois dias antes do crime. Para a polícia, as imagens provam que o jovem ajudou a planejar o ataque.
A polícia já descobriu que os atiradores estiveram mais de uma vez no local. Um revólver, uma machadinha e um arco e flecha foram usados no massacre. A compra foi feita pelo segundo atirador, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos.
O vídeo é uma prova indiscutível de que o adolescente apreendido pela Justiça participou de todo o planejamento do massacre. A polícia descobriu que ele só não foi chamado para invadir a escola porque começou a frequentar uma igreja evangélica com a família. O atirador Guilherme Taucci, que se dizia ateu, teria perdido a confiança no amigo de infância.
E a caça aos homens que venderam o revólver e a munição aos adolescentes tem uma nova pista. A Justiça decretou a abertura de contas do Facebook usadas durante o planejamento do crime. Mensagens com detalhes sobre a compra da arma teriam sido trocadas na rede social.
O MASSACRE
Na manhã do dia 13 de março, dois rapazes de 17 e 25 anos invadiram a escola estadual Professor Raul Brasil, localizada em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, e abriram fogo contra alunos e funcionários. Dez pessoas foram mortas e outras nove ficaram feridas.
Os assassinos Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, se suicidaram após a chegada da Força Tática da Polícia Militar ao local. Eles eram ex-alunos da escola.
No local, a PM encontrou um revólver, uma besta (uma arma semelhante a um arco e flecha), coquetéis molotov e uma mala com fios.
Estudantes que presenciaram o ataque ainda alegaram que os criminosos possuíam uma faca e uma machadinha.
Antes do ataque à escola, o atirador mais novo havia executado o próprio tio. Jorge Antônio Moraes era comerciante e proprietário de uma loja de automóveis, próxima ao local do atentado.
Guilherme Taucci, que havia sido demitido da loja, executou o tio a tiros e roubou o veículo utilizado para chegar ao colégio.
AS VÍTIMAS
Caio Oliveira - aluno
Cleiton Antonio Ribeiro - aluno
Douglas Murilo Celestino - aluno
Eliana Regina de Oliveira Xavier - agente de organização escolar
Jorge Antonio de Moraes - comerciante, morto momentos antes do massacre
Kaio Lucas da Costa Limeira - aluno
Marilena Ferreira Vieira Umezo - coordenadora pedagógica
Samuel Melquíades Silva de Oliveira - aluno