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Casos de motoristas embriagados aumentam no Brasil e provocam acidentes graves

Número de flagrantes cresceu 11% em um ano e acidentes envolvendo álcool continuam a fazer vítimas pelo país

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O número de motoristas flagrados dirigindo sob efeito de álcool cresceu mais de 10% no Brasil, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito. Um dos casos mais recentes aconteceu em Barueri, na Grande São Paulo. O motoboy Djair é uma , que trabalha há 33 anos na profissão, foi atropelado enquanto retirava uma encomenda.

As imagens do circuito de segurança mostram o momento em que uma motorista atinge Djair, há menos de dois meses. Ele teve fraturas na coluna, no quadril e no fêmur. A mãe precisou improvisar um quarto na garagem de uma casa vizinha para cuidar do filho. Djair relata que a motorista, que estava com a filha no carro, havia consumido bebida alcoólica.

"A mulher estava tão bêbada que não quis fazer o bafômetro. Nem lembrava da filha, que estava dentro do carro, uma criança de 5 a 6 anos", contou o motoboy.

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Dirigir sob efeito de álcool é crime. O Código de Trânsito Brasileiro prevê multa, prisão de seis meses a três anos e suspensão da carteira de habilitação. Apesar disso, quase 6.600 motoristas foram flagrados dirigindo embriagados no mês passado, um aumento de 11% em relação ao mesmo período de 2024.

Na noite desta segunda-feira (4), um policial militar reformado atropelou uma criança de seis anos após bater em um muro, em Campina Grande, na Paraíba. O PM confessou que havia ingerido bebida alcoólica, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro.

Um dia antes, em Cotia, também na Grande São Paulo, outro motorista embriagado atropelou um grupo de pessoas que voltava da igreja. Uma mulher de 33 anos morreu e outras sete pessoas ficaram feridas. João Tadeu Quirino, de 61 anos, foi preso em flagrante.

Em Brasília, no fim de semana, cerca de 20 pessoas que estavam na fila para comprar pastel em frente a uma igreja foram atropeladas por um motorista bêbado e sem habilitação. Seis ficaram feridas. O motorista fugiu sem prestar socorro, mas se entregou depois e foi indiciado por dirigir sem habilitação, omissão de socorro e lesão corporal.

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Para o advogado Rosan Coimbra, especialista em direito do trânsito, a aplicação simultânea da multa e da suspensão da carteira é fundamental para evitar que motoristas continuem dirigindo. "Pra que ele seja impedido de continuar dirigindo. Se ele continuar e for multado, pode ter a carteira cassada, que é a pena mais grave, de dois anos. Pra voltar a dirigir, não basta o curso de reciclagem. Ele passa por um processo de reabilitação", explica.

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