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Ômicron: atualização de vacinas pode levar meses, diz comissão alemã

Cepa com alto número de mutações pode dificultar o combate dos anticorpos ao vírus

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Imunização completa e doses de reforço, no entanto, ajudam a evitar casos graves da doença | Myke Sena/MS
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O diretor da Comissão Permanente de Vacinação da Alemanha, Thomas Mertens, disse que levará meses para que vacinas 100% eficazes contra a nova variante da covid-19, a Ômicron, estejam disponíveis. A declaração foi dada ao jornal Rheinische Post, no último sábado (4.dez).

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"A ômicron tem muitas mudanças na proteína spike, o que pode tornar mais difícil para os anticorpos combaterem o vírus", disse Mertens. "É provável que os fabricantes precisem de três a seis meses no laboratório. Isso não é simples, eles têm que criar uma vacina que funcione contra a ômicron e a delta, porque a delta ainda está muito disseminada", completou.

Apesar do possível desenvolvimento de novas versões da vacina, o diretor incentivou as pessoas a continuarem se imunizando e também a receberem a dose de reforço, já que as pessoas vacinadas que contraíram a cepa não apresentaram, até o momento, sintomas graves da doença. "As doses de reforço definitivamente valem a pena. A luta contra a variante delta também continua", disse. Mertens também informou que não haverá problema para a população em receber uma outra dose adicional do novo imunizante, se necessário, contra a variante Ômicron.

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Nas últimas semanas, algumas farmacêuticas já anunciaram que estão desenvolvendo testes laboratoriais para aumentar a eficácia das vacinas conta a covid-19 já existentes. A BioNTech, por exemplo, afirmou que está em parceria com a Pfizer para a atualização do imunizante, que poderá ficar pronto em cerca de cem dias. Após o período, será necessário a autorização das agências sanitárias governamentais. A Moderna também anunciou que já trabalha em uma nova versão da vacina e que estará testada e finalizada até março de 2022.

Ao mesmo tempo, a farmacêutica Johnson & Johnson e a Universidade de Oxford, no Reino Unido, afirmaram que ainda estão estudando a reação das vacinas contra a nova cepa sul-africana e que irão desenvolver uma nova fórmula do imunizante caso seja necessário.

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