Como será o ato para lembrar um ano do 8 de janeiro
Ideia de Lula é mostrar união dos Três Poderes. Representantes do Planalto, do Supremo e do Congresso iniciaram preparativos
Leonardo Cavalcanti
O ato anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para lembrar o 8 de janeiro será no Salão Negro do Congresso – o mesmo que foi alagado com a invasão dos golpistas no início do ano. Os preparativos começaram na tarde desta quinta-feira (21.dez), com a visita ao salão por representantes do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Senado. O evento está sendo pensado para reforçar a união dos Três Poderes, em uma demonstração pública de pacto contra ataques à democracia. Um dia depois dos atos, em 9 de janeiro, Lula teve uma ação semelhante e subiu a rampa junto com representantes de todos os poderes e governadores de Estado.
A hora: o evento foi marcado para as 15h do próximo dia 8, que, em 2024, cairá numa 2ª feira. A ideia é que políticos consigam se programar para estar em Brasília até o início da tarde, afinal é um mês de férias. Lula fez uma convocação pública de ministros, atrasando inclusive a despedida de Flávio Dino da para Justiça para participar do ato. Deputados e senadores governistas, que já começavam a se despedir das equipes, devem marcar passagens para os próximos dias.
O local: o Salão Negro está localizado na entrada do Congresso e é dividido por uma linha imaginária. O Senado é responsável por cuidar do lado esquerdo de quem entra no prédio, a Câmara, do lado direito. A área tem 600m² e capacidade para 2.000 pessoas. Durante a tentativa de golpe de 8 de janeiro, suas paredes de vidro também foram depredadas.
Curiosidade: uma obra avaliada em R$ 4 milhões, a tapeçaria de Burle Marx, voltou a ser exposta no Salão Negro no final de outubro depois de restaurada. A peça foi vandalizada pelos golpistas.
Bastidores: o representante do Planalto no grupo responsável pela cerimônia é o embaixador Fernando Luís Lemos Igreja, chefe do Cerimonial da Presidência da República. Ele e os representantes dos outros dois poderes devem definir as apresentações, incluindo artistas para cantar o hino, exibição de vídeos e tempo de discursos. A primeira-dama Janja também deve participar dos preparativos, assim como fez na posse, no dia 1º de janeiro.